Começo por dizer que espero que Bernie Ecclestone tenha os bolsos bem fundos. Se em setembro desembolsou cem milhões de dólares (cerca de 75 milhões de euros) para evitar ir para uma prisão alemã, no processo de corrupção contra si, que foi denominado de "caso Gribowsky", hoje, a agência Reuters noticia que o banco BayernLB, onde trabalhava Gerhard Gribowsky, decidiu processar Ecclestone em 345 milhões de euros pelos prejuízos que causou no negócio que teve em relação aos direitos da Formula 1.
"A BayernLB entrou com uma ação judicial contra o Sr. Ecclestone, a fundação familiar Bambino e outros, pedindo uma indemnização de 345 milhões de euros (423 milhões de dolares), acrescidos de juros", disse um porta-voz do BayernLB nesta sexta-feira, em resposta a um pedido de comentário sobre o caso.
A BayernLB afirma que o bilionário britânico recebeu comissões injustificadas e subvalorizou a sua participação no negócio de automobilismo quando o fundo CVC Capital Partners se tornou no maior accionista da Formula 1, em 2006.
"Quando a participação do banco na Formula 1 foi vendida em 2005 e 2006, um membro do conselho foi subornado. O contrato de venda não foi negociado, mas sim finalizado nos termos ditados pelo Sr. Ecclestone, que eram uma desvantagem para o banco", acrescentou o porta-voz.
Estas acusações contra Ecclestone surgem um dia depois de um jornal espanhol ter dito que o procurador de Valência abriu um inquérito a alegadas acusações de corrupção e suborno contra o governo regional de Valência, em 2012, referentes à organização do GP da Comunidade Valenciana. A procuradoria acusa especialmente Francisco Camps, o então presidente da Cominutat, a responsavel pelo Turismo, Dolores Johnston, e Jorge Martinez Aspar, ex-motociclista e dono da Valmor Sports, de corrupção, no sentido de saber como é que uma firma sem experiência no desporto, e com apenass 12 funcionários, ficou com o cargo de organizar a corrida.
Segundo conta o jornal "El Mundo", Ecclestone já respondeu por escrito a todas as perguntas mandas pela procuradoria local.
Camps é um homem que está debaixo dos holofotes pelas piores razões. Desde que abandonou o cargo de presidente que é acusado de financiamento ilegal do Partido Popular, conhecido como o escândalo Gürtel, e também de envolvimento no escândalo Noos, do qual Iñaki Urdangarin, ex-andebolista e marido da Infanta Cristina, é acusado de desvio de dinheiro.
Veremos como é que estas investigações irão acabar. Mas se a ideia é de fazer com que Ecclestone pague, estão no bom caminho.
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