No final de 1973, Chris Amon estava exausto. Agora com 30 anos de idade, e na sua 11ª temporada, passara boa parte da temporada na aventura da Tecno, que tinha sido um fracasso devido ao mau chassis e o motor pouco potente que o flat-12 "construido em casa" tinha. No final do ano, aceitou o convite para uma passagem curta pela Tyrrell, onde guiou o terceiro carro nas corridas americanas. Contudo, Amon tinha sido um "plano B" devido às lesões sofridas pelo francês Patrick Depailler, quando este guiava numa mota.
Após isto, Amon achou que era altura de fazer a sua própria equipe, montando o seu próprio chassis. Graças ao financiamento de seu compatriota John Dalton e da ajuda de Gordon Fowell, que tinha projetado o Tecno do ano anterior, conseguiram fazer o AF101, baseado no Lotus 72. O carro, com um chassi monocoque feito de alumínio, tinha boas bases, especialmente por ser o primeiro que colocava o tanque de gasolina entre o motor e o chassis, exatamente onde eles se situam atualmente. Os radiadores eram laterais e a frente era radical, com o desenho de duas asas, uma em cima da outra, para conseguir maior sustentabilidade.
Amon iria ser o piloto e o diretor da equipa, mas por causa dos atrasos na construção do chassis e no desenvolvimento do carro, a primeira aparição do Amon F101 iria ser em Jarama, com Chris ao volante. O piloto teve dificuldades, mas conseguiu o 23º tempo nos treinos. Contudo, um problema com um dos discos de travão fez com que tivesse uma postura cautelosa, porém, insuficiente, poris a sua corrida acabou ao fim de 23 voltas. (...)
Em 1974, o neozelandês Chris Amon decidiu também fazer parte dos pilotos que se tornaram construtores de Formula 1, como Jack Brabham, Dan Gurney, Bruce McLaren e John Surtees. Contudo, ao contrário do que aconteceu com Brabham, McLaren e Eagle, a aventura de Amon como construtor foi um fracasso. Apesar dos bons pressupostos do chassis AF101, em apenas quatro corridas, o chassis não correspondeu às expectativas e após o GP de Itália, o dinheiro do seu financiador, John Dalton, acabou e a equipa fechou as portas, sem glória.
Quarenta anos depois, recordo a história no sitio Motordrome, e podem lê-la por lá, a partir deste link.
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