Há 35 anos, debaixo de calor e de um asfalto que por vezes ameaçava derreter, máquinas e pilotos começavam o ano em paragens argentinas. E de uma certa maneira, a corrida de Buenos Aires foi um autêntico "bodo aos pobres", e colocou no pódio dois pilotos dos quais se iriam ouvir ao longo da década que estava agora a começar.
Nelson Piquet aproveitava bem a chance que tinha tido no final da temporada anterior quando Niki Lauda, sem aviso, decidiu abandonar a competição para se dedicar à aviação. Com fama de bom afinador e com o bom chassis que tinha à mão, naquele dia lutou com Jones, o Ferrari de Gilles Villeneuve e o Ligier de Jacques Laffite pelas melhores posições. No final, o segundo lugar foi uma recompensa por aquilo que fez, e apenas um prenuncio do que iria aparecer nos meses seguintes.
O terceiro classificado aproveitava a chance de uma fusão entre duas equipas, a Fittipaldi e a Wolf. A primeira aproveitava o que era de bom da equipa, como o chassis e os pilotos, e tentava fazer um ano melhor do que o anterior, que tinha sido catastrófico. Tinha um bom patrocinador e sabvia que qualquer resultado que alcançasse já seria um progresso em relação ao ano anterior. E aquele terceiro lugar final mostrava não só que Keke Rosberg mostrava o seu potencial, que era mais veloz do que o patrão. Os meses seguintes iriam demonstrar isso.
Na classificação final, na McLaren numero 8, havia um "rookie" francês que tinha impressionado desde o primeiro momento em que entrou num carro de Formula 1. As expectativas não eram muitas mas Alain Prost provou que estava ali para ficar na competição. E que na década que ali começava, iriamos ouvir o seu nome dezenas de vezes.
Em suma, naquele dia, ha 35 anos, estavam a começar uma parte dos anos 80 que acabamos por conhecer. Outros pedaços iriam aparecer nos próximos meses e anos.
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