Falei à tarde sobre a situação da Force India, onde eles afirmavam que não iriam estar nos testes da Formula 1 em Jerez - pois o chassis não estaria pronto a tempo - mas novos dados, sobretudo uma matéria da brasileira Grande Prêmio, que saiu no final desta tarde, parece que colocam as coisas num panorama ainda mais negro do que se esperava. É que a equipa de Vijay Mallya poderá estar em colapso financeiro, com a hipótese de venda, para evitar a saída de cena e reduzir o pelotão da Formula 1 a 16 carros.
Segundo o site, que têm como base o sitio alemão F1 Insider, a equipa falhou o pagamento aos fornecedores, "e se não entrar dinheiro nas contas da empresa nas próximas duas semanas, acredita-se que mesmo as participações nas duas primeiras provas da temporada, Austrália e Malásia, estarão em perigo". Esta situação já foi comunicada ao Grupo de Estratégia, e o sitio fala que a equipa poderá já estar à venda.
Isto tudo acontece numa altura em que os dois proprietários da equipa, Vijay Mallya e Roy Subrata Sahara, estão em maus lençóis. O primeiro, no processo de falência da Kingfisher Air, e o segundo no processo de fraude fiscal do grupo com o mesmo nome, que colocou o seu proprietário na prisão desde março do ano passado. As autoridades exigem que Sahara pague cerca de 1600 milhões de euros, e segundo os média indianos, a sua família procurou refugio na Macedónia, onde adquiriram a nacionalidade local.
Para piorar as coisas, segundo conta o Joe Saward no seu sitio, Sahara poderá aproveitar a ocasião para vender a sua parte de 40 por cento na equipa e aproveitar para resolver as suas coisas com a justiça local. Já da parte de Mallya, ele é procurado pelos credores para pagar a sua parte no caso da Kingfisher Air, falida desde meados de 2012 e que se arrasta pelos tribunais. Logo, a disponibilidade de Mallya viajar pelo estrangeiro este ano não deverá ser muita, e isso numa altura critica como esta, não calha muito bem.
É óbvio que não são boas noticias, mas não são uma surpresa total. Tenho ouvido conversas de salários em atraso a mecânicos e engenheiros, E a história da Sauber, contada aqui na semana passada, é apenas mais uma da atual situação da Formula 1, onde tirando as equipas do Grupo de Estratégia, todas estão à beira da falência devido aos altos custos de manter uma equipa. Quando se fala em valores a rondar os 120 milhões de euros, ou que a Mercedes e a Red Bull poderão ter gasto mil milhões de euros cada um, nos últimos quatro anos, faz-nos pensar no rumo a que isto está a levar.
Veremos como serão as coisas nas próximas semanas.
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