Com a caravana a andar entre Calama e Salta, saindo do Chile e entrando na Argentina, máquinas e pilotos passavam por mais uma etapa maratona de um Dakar que tem tudo para ser duro e mortifero, especialmente em categorias onde as diferenças entre os dois primeiros são medidas em poucos minutos.
E isso era assim nas motos, onde se assistia agora a um duelo entre a KTM e a Honda, ambos pela vitória, e onde Marc Coma fazia de tudo para impedir a aproximação de Paulo Gonçalves, agora o homem forte da marca japonesa depois do atraso de Joan Barreda Bort no Salar de Uyuni. Mas hoje, Barreda Bort foi o melhor, mas sobretudo, Marc Coma ficou na frente do português da Honda. O espanhol ficou em segundo lugar, a um minuito e 39 segundos do vencedor, enquanto que Ruben Faria foi o terceiro, a um minuto e 57 segundos. Paulo Gonçalves foi o quinto na tirada, a três minutos e 46 segundos, perdendo assim dois minutos para a liderança.
"Hoje foi uma etapa rápida, sem dificuldades em termos de navegação. A pista estava um pouco escorregadia no início, você tinha que ter cuidado com ela. Logo havia quatro de nós a andar juntos. Eu acho que nós andamos bem, poupando as nossas motocicletas. Isso foi crucial, porque esta noite é uma etapa maratona. Minha moto já está pronta para amanhã... e eu estou pronto para continuar a lutar", comentou o piloto da Honda.
"Hoje foi uma etapa rápida, sem dificuldades em termos de navegação. A pista estava um pouco escorregadia no início, você tinha que ter cuidado com ela. Logo havia quatro de nós a andar juntos. Eu acho que nós andamos bem, poupando as nossas motocicletas. Isso foi crucial, porque esta noite é uma etapa maratona. Minha moto já está pronta para amanhã... e eu estou pronto para continuar a lutar", comentou o piloto da Honda.
Helder Rodrigues terminou a etapa no sétimo lugar, a seis minutos e 26 segundos de Barreda Bort. Outro dos portugueses presentes, Mário Patrão, acabou por desistir na sua Suzuki, vitima de um problema na bomba de injeção de combustivel.
“Estou fora de prova, triste, exausto, fiz tudo o que podia mas a sorte não me quis acompanhar neste Dakar. Andei todos os dias como se estivesse na minha oficina, em Seia, sempre a reparar a mota pelo percurso, sempre com problemas. Fiz de tudo para me limitar a chegar a Buenos Aires, o objetivo principal era terminar já que impor o meu ritmo e as minhas capacidades estava fora de questão”, explicou depois o piloto de Seia.
Em termos de geral, o melhor é Coma, agora mais "descansado" - têm uma diferença de sete minutos e 35 segundos sobre Paulo Gonçalves - enquanto que Ruben Faria é sétimo, a mais de uma hora e 41 minutos de desvantagem, e Hélder Rodrigues é o 11º, a três horas e 22 minutos do comandante.
Nos automóveis, o destaque da etapa foi o acidente de Nani Roma, que perdeu o controle ao volante do seu Mini e capotou várias vezes. De acordo com as noticias vindas da organização, quer ele, quero seu navegador, sairam ilesos do acidente, mas o carro poderá ter ficado severamente danificado, e acabado ali o seu rali.
Na etapa, Nasser Al Attiyah foi o grande vencedor, e poderá ter decidido o rali a seu favor, pois ganhou três minutos e 39 segundos a Yazid Al-Rahji e quatro minutos e 24 segundos sobre Giniel de Villiers. Já Carlos Sousa, que ontem penalizou cerca de 40 minutos e baixou para o oitavo lugar da geral, hoje não passou do décimo tempo e desceu para o nono lugar da geral, trocando de lugar com o holandês Bernard Ten Brinke.
Amanhã, o Dakar prossegue em terras argentinas, com a realização da etapa entre Salta e Termas de Rio Hondo, no total de 512 quilómetros, 371 dos quais feitos em tempo cronometrado para as motos, 359 quilómetros para os carros e camiões.
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