O quarto dia do Dakar de 2015, que decorreu entre Chilecito, na Argentina, e Copiapó, no Chile, teve uma especial de 909 quilómetros, 514 dos quais feitos em troço cronometrado e onde os pilotos começaram por enfrentar deserto, nomeadamente as dunas de Copiapó.
Nas motos, o melhor do dia foi Joan Barreda Bort, que assim reforçou a liderança na categoria, beneficiando do atraso que sofreu Paulo Gonçalves durante a etapa, quando se perdeu pelo caminho. No final, foram 14 minutos e 56 segundos que ele teve de atraso, tendo chegado no 12º posto e perdido o segundo lugar que tinha à partida. Outro que perdeu também tempo foi o austriaco Matthias Walkner, que caiu do terceiro para o quinto posto, enquanto que Ruben Faria não perdeu assim tanto tempo (foi quinto na etapa, a quase onze minutos do vencedor) e subiu para o quarto lugar da geral, a pouco mais de dois minutos de Paulo Gonçalves.
“Hoje foi um dia difícil para mim, perdi-me no início ao quilómetro 11, depois tentei recuperar mas acabei por fazer mais um erro de navegação ao quilómetro 124, perdi imenso tempo, não consegui encontrar a pista para ir para o topo da montanha, cheguei ao reabastecimento e percebi que estava a perder mesmo muito tempo, mais de vinte minutos. Felizmente na parte final consegui recuperar algum tempo, mesmo assim perdi quinze minutos para o líder do dia, mas tenho de estar contente porque acabei por recuperar tempo para os lugares do pódio na parte final”, afirmou o piloto português da Honda no final desta etapa.
Quem beneficiou disto tudo foi Marc Coma, que subiu de quinto para segundo, depois de terminar a etapa também na segunda posição, dois minutos atrás de Barreda Bort. Quem andou bem, conseguindo o oitavo lugar na etapa foi a espanhola Laia Sanz, no seu Honda, que ficou a 13 minutos do vencedor. Sanz é agora a 12ª da geral.
Já nos automóveis, Robbie Gordon, Orlando Terranova e Carlos Sainz sofreram com problemas mecânicos nos seus jipes, enquanto que Nasser Al Attiyah foi o grande vencedor, conseguindo uma vantagem de dois minutos e 40 segundos sobre Nani Roma e três minutos sobre Giniel de Villiers, no seu Toyota. A etapa de hoje foi essencialmente um duelo entre Minis e Toyotas, entre pickups e veículos todo-o-terreno. Yazid Al Rahji foi o terceiro da etapa, enquanto que Carlos Sousa andou bem, acabando no 11º lugar, a 17 minutos do vencedor, subindo ao sétimo posto da geral.
"Giniel de Villiers é o homem da bater!", começou por dizer Al Attiyah sobre as performances do seu adversário sul-africano. “Ele é sempre muito consistente no Dakar, está sempre muito perto do topo, portanto alargar a margem para ele em mais três minutos é muito bom. Vou continuar a fazer as coisas como até aqui, pilotar com cuidado e atacando de vez em quando. Desta forma fico com um pouco mais de margem para reagir amanhã."
Na geral, Al Attiyah lidera, mas De Villers é o segundo, a oito minutos e 40 segundos, enquanto que Al Rahji é o terceiro, a 23 minutos do qatari.
O Dakar prossegue amanhã, com a etapa entre Chilecito e Antofagasta, no total de 707 quilómetros, 458 dos quais em troço cronometrado.
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