Recebi a noticia este domingo através do Paul-Henri Cahier: a italiana Maria Teresa de Filippis, a primeira mulher-piloto da história da Formula 1, está gravemente doente. Aos 88 anos de idade, Filippis, apesar de ter participado apenas em cinco corridas, tendo conseguido a qualificação em apenas três, é uma figura respeitada pelo facto de ter participado no automobilismo, num tempo onde morrer ali era demasiado fácil. E por ter sobrevivido a esse tempo e ter ombreado a todos eles que é uma pessoa respeitada pelos seus conterrâneos, fazendo parte de, por exemplo, da Associação de Antigos Pilotos de Formula 1.
Já não há muitos do seu tempo. Tirando Stirling Moss e Tony Brooks, todos já morreram, pelos acidentes ou pela velhice, dado que nesse tempo, estreava-se com trinta ou 40 anos, como Juan Manuel Fangio, e não havia a fome de procurar nos infantários por talentos precoces, pois sabiam que a morte estava à espreita em cada esquina.
A velhice é assim, a longa decadência para o final inevitável, e é por isso que deveremos preservar os testemunhos desses tempos, dessas nossas meninices (não a minha, mas de imensa gente mais velha do que eu), que certo dia, acabarão por desaparecer. E ainda por cima, de um tempo onde sair dali vivo era o equivalente a vencer um titulo mundial...
As melhoras, cara Maria Teresa. Ainda precisamos de si por mais algum tempo.
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...