Na semana em que Alain Prost faz 60 anos, mostro aqui o que, provavelmente, deve ser o momento mais baixo da sua carreira: a volta de aquecimento do GP de San Marino de 1991. Quando vi essa cena na televisão da minha casa, no alto dos meus 14 anos, não queria acreditar no que estava a ver. Sabia que Prost não era bom à chuva - que grande contraste em relação a Ayrton Senna - mas não pensava que fosse capaz de fazer uma humilhação daquelas. Humilhação por ser aquilo que era, humilhação por estar dentro de uma Ferrari, em terras italianas. Nem o pior dos pilotos que passaram pela Scuderia tinha feito uma coisa daquelas.
Alain Prost era um excelente piloto, mas como o Super-Homem tinha a kryptonite, o grande defeito do piloto francês era a chuva. E não se dava bem ao tudo: muitas vezes as suas incursões terminavam em batidas. Mas houve um que foi particularmente grave.
A coisa aconteceu no "warm up" do GP da Alemanha de 1982. O Ferrari de Didier Pironi fez o melhor tempo, mas naquela manhã estava a chover e num circuito com floresta à volta, a condensação do ar era pior do que o normal. O compatriota da Ferrari tentava ver no meio desse nevoeiro quando viu pela frente do Renault de Post, catapultando-o pelo ar, um acidente algo semelhante ao de Gilles Villeneuve, três meses antes. Pironi quebrou ambos os tornozelos e não só deitava fora a sua chance de título, como também terminava ali a sua carreira. Prost nada sofreu em termos físicos, mas aquilo foi um trauma que muitos o lembravam de vez em quando, especialmente quando tinha como arqui-rival um especialista na chuva.
Dois anos depois desta imagem, Prost estava na Williams conqustadora, do qual ainda não se sabia quando é que comemoraria o título. Mas depois da vitória em Kyalami, na jornada de abertura, as provas em Interlagos e Donington Park mostrarem essa vulnerabilidade. Na primeira corrida, perdeu o controle do seu carro quando uma súbita bátega de água o deixou a patinar em plena reta e a bater na Minardi de Christian Fittipaldi. Na segunda corrida, simplesmente foi superado por um Ayrton Senna "em dia sim" que numa só volta passou cinco carros e simplesmente se foi embora.
Mas o engraçado foi quando ele voltou a vencer. Foi em Imola, numa corrida que começou... à chuva. Era raro, mas o francês também sabia vencer nessas condições. Mas essa foi uma vitória pouco lembrada, especialmente depois de tantos deslizes...
Dois anos depois desta imagem, Prost estava na Williams conqustadora, do qual ainda não se sabia quando é que comemoraria o título. Mas depois da vitória em Kyalami, na jornada de abertura, as provas em Interlagos e Donington Park mostrarem essa vulnerabilidade. Na primeira corrida, perdeu o controle do seu carro quando uma súbita bátega de água o deixou a patinar em plena reta e a bater na Minardi de Christian Fittipaldi. Na segunda corrida, simplesmente foi superado por um Ayrton Senna "em dia sim" que numa só volta passou cinco carros e simplesmente se foi embora.
Mas o engraçado foi quando ele voltou a vencer. Foi em Imola, numa corrida que começou... à chuva. Era raro, mas o francês também sabia vencer nessas condições. Mas essa foi uma vitória pouco lembrada, especialmente depois de tantos deslizes...
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