Alain Prost no GP da Argentina de 1980, no primeiro Grande Prémio de uma longa carreira que se estenderia por doze temporadas e por equipas como McLaren, Renault, Ferrari e Williams. Quatro títulos mundiais e 51 vitórias atestam a sua carreira vitoriosa, que também teve as suas polémicas. Mas sobre isso, fala-se noutro dia. Hoje, quero falar dos seus primórdios.
No final de 1979 Prost era campeão francês e europeu de Formula 3, que realizou depois de no ano anterior, ter sido um fracasso na Formula 2 europeia, a bordo de um Martini (não é a firma de bebidas, é outra), e no final do ano, várias equipas de Formula 1 o queriam pelo menos vê-lo testar. Um deles era a McLaren, que vivia tempos sombrios, depois dos fracassos que eram os seus projetos de efeito-solo, como o M28.
O teste foi em Paul Ricard, e tinha John Watson a acompanhá-los. "Wattie" era o piloto titular e tinha afinado o carro à sua maneira, marcando um tempo aceitável. Prost, então, subiu ao carro e começou a fazer tempos bem consistentes, aproximando-se e depois batendo Watson, mesmo com um carro que era totalmente desconhecido para ele. O teste impressionou tanto os responsáveis, que mal ele saiu do carro, Teddy Mayer o aproximou com uma tabela e caneta e disse: "Assine aqui!". Era um contrato como piloto efetivo.
A primeira corrida foi em Buenos Aires, debaixo de calor. O carro era o que se arranjava, um modelo M29, mas Prost não comprometeu. Conseguiu o 12º tempo, cinco lugares na frente de John Watson, e no final, chegou na sexta posição, marcando o seu primeiro ponto da sua carreira. Na corrida seguinte, em Interlagos, lutou (e passou) o Arrows de Riccardo Patrese e voltou a pontuar, com um quinto lugar.
Por essa altura, a Marlboro queria que a equipa modificasse a situação, sob pena de retirar o seu patrocinio. Eles ajudavam uma equipa na Formula 2, a Project Four, liderada por um ex-mecânico da Brabham, Ron Dennis, e ele queria ir para a Formula 1. A Marlboro deu-lhe essa chance se comprasse 50 por cento da McLaren. Ele aceitou e dividiu a tarefa com Mayer, e do qual pouco se aproveitou.
Foi por essa altura que se interessou por Alain Prost, e sabia que o futuro da equipa passava por ele. Mas também por essa altura, tinha despertado o interesse da Renault, e quando disse as suas intenções, já os franceses tinham avançado. Prost seria piloto Renualt em 1981, mas Dennis nunca desistiu de o ter. Três dias depois do final da temporada de 1983, quando soube que ele tinha sido despedido da Renault, ele trouxe-o de volta, para dar à equipa três títulos mundiais de pilotos.
Hoje, Alain Prost faz 60 anos, e passam 35 desde a sua estreia na Formula 1. Assim sendo, "Joyeux Anniversaire, Le Professeur!"
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