(...) Até ao dia 1 de fevereiro, seis equipas apresentaram os seus carros, e nem todos com os seus novos chassis. A Force India foi a 21 de janeiro (mas o novo chassis só será visto em Barcelona, palco da segunda sessão de testes), seguido da Williams, a 22, e depois, em catadupa, veio o resto: Ferrari e McLaren (30 de janeiro) Toro Rosso e Red Bull (31 de janeiro) e por fim, a Mercedes (1 de fevereiro). As equipas da frente, mais desafogadas, puderam colocar os seus novos carros - a Williams colocou-o primeiro na capa de uma revista! - mas os do meio do pelotão demonstram a crise que vivemos, e do qual nunca acabamos por sair dela. Apenas o inverno permitiu que ela hibernasse.
Há muito tempo que se fala dela: da má distribuição dos dinheiros, do mau calendário, da opacidade das discussões, da velhice e incapacidade de mudança da classe dirigente, mais ávida de dinheiro do que outra coisa, e do custo descontrolado dos custos, que fazem com que uma temporada custe em média cerca de 120 milhões de euros. A Marussia, que deveria receber 50 milhões de euros por causa do nono lugar no campeonato e os dois pontos conquistados no Mónaco, está falida devido às dividas que acumulou ao longo da temporada anterior. Mesmo a Caterham, o sonho de um multimilionário malaio Tony Fernandes, acabou quando este viu que gerir um clube de futebol inglês era mais barato do que ter uma equipa no fundo do pelotão, a fazer número.
As coisas pareciam ter chegado a um lado tragicómico quando se viu que o calendário da Formula 1 meteu provisóriamente uma corrida de propósito (o GP da Coreia do Sul) para que cumprisse uma determinada clausula do regulamento que impedia que as equipas reduzissem o numero de motores a usar ao longo da temporada de cinco para quatro. Aparentemente, a estratégia poderá ter resultado. (...)
Desde que estas linhas foram escritas até ao dia de hoje, houve sinais de esperança e preocupação. Por um lado, o caso da Force India é preocupante, com sinais de que há credores, chassis que não são entregues e a possibilidade de falharem a primeira prova do ano porque há 50 milhões de euros para pagar. Do outro lado, na Manor-Marussia, um acordo com os credores faz com que a equipa se reative e dá a chance de termos vinte carros no pelotão de Melbourne.
Mas a crise não está resolvida, bem longe disso. E as equipas do Grupo de Estratégia têm papel importante nisso. Isso e muito mais podem ler este mês no site Nobres do Grid.
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