Depois dos eventos na Malásia, a China seria a melhor oportunidade para o regresso à normalidade que a Mercedes pretende ter neste momento, que é vencer com folga, e de preferência, com dobradinha. Os eventos de ontem, na qualificação, indicam que eles estão dispostos a fazer o seu melhor para que isso aconteça, embora a Ferrari faça o seu melhor para manter o seu bom momento. E que bom momento! Tanto que Niki Lauda - apesar de ser um dos manda-chuvas da Mercedes - elogiou o bom momento da Scuderia e de Sebastian Vettel... xingando Fernando Alonso. Mas isso merece outra leitura, noutra altura.
Com céu azul e algum calor, no meio do "smog" de Xangai, máquinas e pilotos preparavam-se para a terceira corrida do ano. E parecia que, da mesma forma como tinha acontecido na qualificação, que isto poderia não ter história relevante para ser contada. No final, foi assim mas faltava o elemento de farsa para apimentar este Grande Prémio, que apareceu lá mais para o fim. Mas vamos por partes.
A corrida começa com nada de especial, excepto a má partida de Daniel Ricciardo, que caiu quase para o final do pelotão, mas recuperou algumas posições, tendo passado os McLaren no final da terceira volta. A seguir, andou à briga com o seu companheiro de equipa, Daniil Kvyat, mas com Fernando Alonso a observar. E o mais interessante é que eles eram segundo e terceiro... a contar para o fim. Não se admirem que os energéticos querem abandonar a Formula 1!
Com o passar das voltas, as cosas andavam sem grandes novidades, com a excepção de Nico Hulkenberg, cuja corrida tinha terminado na volta 12 por causa da sua caixa de velocidades. Nessa altura, começava a primeira janela de pneus, sem grandes novidades. Mas é a partir da segunda parte que as coisas ficaram interessantes, com Vettel a andar não só ao mesmo ritmo dos Mercedes, como até a apanhar Rosberg! Os Mercedes começavam a ficar incomodados com isso, na altura em que Daniil Kvyat se tornava na segunda desistência da corrida, quando o seu motor Renault explodiu. E... Red Bull, melhor dedicaram-se ao futebol.
Na volta 30, Vettel e Rosberg abriram a segunda ida às boxes, colocando pneus médios nos seus carros. O piloto da Ferrari ficou mesmo mais perto de Rosberg, mas não conseguiu tentá-lo passar. Entretanto, Hamilton fez voltas de sonho e fazia uma parte bem veloz, antes de ir às boxes, que foi na volta 33. Ao mesmo tempo, Grosjean foi também trocar pneus.
Na volta seguinte, Pastor Maldonado começou a fazer os seus números habitual. Primeiro, ele falhou a entrada para as boxes e perdeu tempo fazendo marcha atrás, antes de voltar à sua trajetória normal. caiu para a 14ª posição, mas pouco tempo depois, passou um dos McLaren, para ver se tentava chegar aos pontos. Contudo, pouco depois, ele sofreu um pião a alta velocidade, e o britânico passou-o. A partir dali, as coisas passaram a ser uma luta a três pelo... 13º lugar (e tornou-se na luta do momento!) antes de no inicio da volta 49, Jenson Button tocou no venezuelano da Lotus, quando o tentava ultrapassar. Ambos se despistaram e o piloto da Lotus, desta vez, não teve culpa.
Quando tudo isto acontecia, os McLaren iam-se embora dos Ferrari, enquanto que Raikkonen tentava aproximar-se de vettel para o lugar mais baixo do pódio. Parecia, mas... na volta 53, o Toro Rosso de Max Versteppen ficou sem motor e parou no meio da meta, em posição perigosa. Os comissários de pista foram chamados para o tirar dali e decidiram colocar o Safety Car em pista. Talvez o final adequado para a corrida aborrecida, o que nos resta perguntar que poderemos colocar isto no campo da farsa...
Mas no final, é a hierarquia atual: Mercedes em primeiro, com Hamilton a consildar a liderança perante Rosberg e Vettel, enquanto que na Scuderia, Vettel sobe ao pódio pela terceira vez consecutiva, mesmo se hoje não conseguiu fazer funcionar os pneus melhor do que os Mercedes. Mas ficou na frente de Raikkonen pela terceira vez este ano. Massa foi um pálido quinto, na frente de Valtteri Bottas, numa corrida sem qualquer história para os dois. A coisa mais interessante foi para Romain Grosjean, que foi sétimo e deu pontos à Lotus, na frente de Felipe Nasr, que deu mais quatro para a Sauber, antes de Daniel Ricciardo e Marcus Ericsson fecharem o "top ten". E mais interessantemente - pelo menos, em termos estatisticos - é que a sauber consolida-se como a quarta equipa do pelotão. Na frente de Red Bull e McLaren!
Com esta "tortura" para trás, outra "tortura" temos pela frente, e chama-se Bahrein. A coisa boa é que acontece dentro de uma semana, ou seja, isto passa rápido.
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