Miguel Campos, Miguel Jorge Barbosa e João Barros serão três dos pilotos portugueses que competirão neste rali de Portugal, sem grandes aspirações a não ser o melhor piloto nacional, numa categoria recheada de bons nomes do automobilismo mundial. Curiosamente, todos eles vão correr neste rali com Ford Fiesta R5, na categoria WRC2 e todos têm o mesmo objetivo: chegar ao fim e gozar o momento, numa altura em que o rali regressa ao Norte de Portugal, região do qual todos são naturais.
“O Rali de Portugal é uma prova de gestão, porque representa mais de dois ralis do Nacional em termos de extensão e, além disso, os pisos devem estar completamente destruídos quando nós passarmos”, começou por dizer João Barros à Autosport portuguesa.
Porém “não temos qualquer pressão e não vamos andar devagar, mesmo sabendo que não teremos ritmo para os pilotos de WRC2. Vou para me divertir num rali que será uma festa e um prazer para alguém como eu, que sente a paixão que há nesta região pelo desporto automóvel”, concluiu o piloto de Paredes, que cresceu a ver os pilotos a passarem perto da sua casa.
“É verdade, lembro-me bem de sair de casa todo contente, com os amigos, e irmos para os troços para ver o Mäkinen, Sainz, McRae, Auriol e tantos outros. Era uma emoção especial para quem gostava de automóveis e de ralis. Nunca imaginei que um dia eu próprio poderia ser um dos intervenientes da prova e, sobretudo, voltarmos a ver os WRC na minha região. O Shakedown em Baltar, por exemplo, fica a 500 metros da casa do meu pai”, finalizou.
Quanto a Miguel Campos, que começou com um Peugeot 208 Ti16, mas que trocou por um Fiesta R5 fornecido pela M-Sport, deseja contribuir para o espectáculo que é o Rali de Portugal.
“Gostei muito do Fiesta R5 no teste e quero ambientar-me rapidamente e poder contribuir para o grande espetáculo que é o Rali de Portugal. Sei que o Ford Fiesta R5 é um modelo muito bem construído e capaz de garantir resultados”, explicou o piloto de Famalicão, que será navegado por Carlos Magalhães.
“É o regresso a uma casa que conheço bem. Esta prova está carregada de simbolismo e vamos entrar em competição com o objetivo de fazer boa figura”, concluiu.
Já Miguel Jorge Barbosa, tem a sua máquina assistida pela ARC Sport, e já andou com ele por 45 quilómetros em troços na zona de Nelas, e ficou com boas impressões sobre o bólido.
“Gostei muito do Fiesta R5 em terra, pois é muito confortável a passar por cima do mau piso e ágil em todas as situações, mas é evidente que me faltam quilómetros de adaptação, sobretudo, quanto aos limites da travagem, pelo que é impossível pensar em lutar pelas primeiras posições entre os portugueses. Vamos andar o melhor possível mas com o espírito de nos divertirmos e não vale elevar muito a fasquia competitiva”, frisou o piloto.
Barbosa, que já foi campeão nacional de Produção, irá ter a seu lado Alberto Silva, e lembra que “não quer elevar as expetativas em termos de resultados pois vamos para nos divertir e conseguir o melhor resultado possível sem qualquer tipo de pressão”, finalizou.
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