O primeiro dia do Rali de Portugal teve o seu quê de atribulado, com ameaças e cancelamentos de classificativas, mas no final do dia, é Jari-Matti Latvala que está na frente, com um avanço de 11,1 sobre Kris Meeke, vencedor do Rali da Argentina. O terceiro classificado é Anders Mikkelsen, a 16 segundos, 1,8 de avanço sobre o estónio Ott Tanak, o melhor dos Ford, num dia onde Elfyn Evans já abandonou o rali e Miguel Campos é o melhor português, na 24ª posição da geral, depois da desistência de Bernardo Sousa, devido a uma fuga no radiador, após ter penalizado um minuto e 50 segundos.
Após o começo do rali, na especial de Lousada, perante mais de vinte mil espectadores, que celebravam o regresso do rali ao Norte do país, máquinas e pilotos rumaram para Ponte de Lima, no extremo norte, com receio na mente, devido ao incêndio que lavrava na zona desde ontem à tarde. Contudo, a ação dos bombeiros fez com que este estivesse suficientemente controlado para que a primeira passagem fosse feita.
E ali, Dani Sordo decidiu atacar ser o melhor, ganhando 1,3 segundos a Ott Tanak e 2,7 segundos sobre Anders Mikkelsen. Sebastien Ogier teve um furo lento e perdia quase dez segundos. "Senti-o durante longo tempo, mas não sei porquê já que foi um troço limpo, sem tocar em nada. Espero ter mais sorte nas próximas especiais", disse o piloto francês no final dessa classificativa.
Entretanto, Elfyn Evans tinha problemas elétricos com o seu novo Fiesta e tinha parado perto do fim da classificativa. Iria acabar por desistir, devido à insistência desses problemas, acrescentado por uma avaria no motor do acelerador. "Foi pena pois estava a ganhar ritmo e a andar cada vez melhor, foram vinte quilómetros positivos" disse o piloto britânico no parque de assistência, em Leixóes. O galês regressará amanhã através do sistema Rally2.
Na classificativa seguinte, em Caminha, Mads Ostberg foi o mais veloz por 0,3 segundos sobre Jari-Matti Latvala, enquanto que Dani Sordo se atrasou e caiu para o quarto posto, cedendo a liderança para Anders Mikkelsen por 4,3 segundos. Ao mesmo tempo, Ogier perdia tempo devido a um furo lento e era o sétimo na geral. “Melhor esta especial, mas as condições não estão fáceis, muito escorregadio o piso e com algumas pedras”, comentou.
No final da manhã, em Viana do Castelo, Não houve grandes novidades, a par da desistência de Khalid al Qassimi, que ficou sem travão de mão e o furo de Robert Kubica, que teve um furo e atrasou-se. “Furámos mas não batemos em nada. A roda está danificada por termos continuado. Também tivemos uma ligeira saída de estrada por causa do furo”, comentou o piloto polaco na final da especial.
A parte da tarde começou com a noticia da anulação da segunda passagem por Ponte de Lima, após o incêndio no carro 00, que causou um pequeno incêndio no mato em redor, rapidamente controlado pelos bombeiros. A classificativa foi anulada e os carros passaram para a classificativa seguinte, a segunda passagem por Caminha. Ali, Ogier foi o mais veloz, batendo o segundo classificado por 2,6 segundos, mas o líder era agora Jari-Matti Latvala, que conseguiu superar Anders Mikkelsen, que ainda perdeu mais uma posição para Kris Meeke. Dani Sordo era quarto, mas agora estava a ser acossado por Ott Tanak, que depois de um começo hesitante, estava cada vez mais veloz.
Na última especial do dia, a segunda passagem pelo troço de viana do Castelo, Latvala foi o melhor, conseguindo superar Sebadstien Ogier em 2,8 segundos, com Ott Tanak em terceiro, na frente de Kris Meeke.
Acabado o dia, depois dos quatro primeiros está o Hyundai de Dani Sordo, que têm um atraso de 21,8 segundos face ao líder, e aguenta Sebasatien Ogier, que pagou o preço de ser o primeiro a abrir os troços. O atraso é de 25,9 segundos, e espera superá-los este sábado, quando não for ele a abrir os troços. Mats Ostberg é o sétimo, seguido por Haydon Paddon, a 40 segundos, o terceiro Hyundai de Thierry Neuville, a um minuto e 9 segundos, e o Ford de Robert Kubica, a um minuto e 29 segundos do líder.
Em termos de WRC2, o qatari Nasser Al-Attiyah é o lider, num duelo fratricida com o saudita Yazid Al-Rahji, mesmo com ele a furar na última especial do dia, mas a manter um avanço de 13,5 segundos. Pontus Tidemand, no novo Skoda Fabia R5 é o terceiro, mas a mais de 43 segundos sobre o piloto qatari, O grande perdedor do dia foi o estónio Karl Kruuda, que venceu duas classificativas na categoria e teve um furo que o fez perder mais de um minuto.
Já em termos de portugueses, Bernardo Sousa andou sempre entre os primeiros no WRC2, mas uma penalização e depois problemas na sua direção fizeram com que abandonasse a competição. Miguel Campos herdou a liderança, mas atrás, João Barros teve uma quebra na direção na última especial, que o fez desistir também do rali.
O rali de Portugal continua amanhã.
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