Esta foto é rara e vi no Facebook do Paulo Marinho Tavares: Jody Scheckter, em Fiorano, a testar o Ferrari 126C1 Turbo, que não iria aproveitar em 1981, porque tinha decidido abandonar a Formula 1. Com esta foto, decidi recordar o piloto, agora com 65 anos, radicado em paragens inglesas e a viver a sua vida como... agricultor biológico.
De origem judaica, nasceu em East London a 29 de janeiro de 1950, com um irmão mais velho, Ian, que também foi piloto. Depois de uma "entrada de leão" na McLaren, onde causou uma carambola na segunda volta do GP da Grã-Bretanha, em 1973, Scheckter mudou de atitude quando foi o primeiro a chegar aos destroços do carro de Francois Cevért, em Watkins Glen, nos treinos para o GP dos Estados Unidos daquele ano. A partir dali, o sul-africano só queria sair dali vivo.
Depois da Tyrrell e Wolf, Scheckter chegou à Ferrari no final de 1978 e aproveitou a ocasião para vencer em três provas, na Belgica, Mónaco e Itália. E por essa altura, os dias selvagens do piloto sul-africano já tinham desaparecido, tanto que aproveitou os passos em falso do seu companheiro de equipa, o canadiano Gilles Villeneuve, para ser campeão do mundo. E depois disso, Scheckter limitou-se a cumprir o contrato que tinha com Enzo Ferrari. Tanto que quando defendeu o titulo, conseguiu apenas dois pontos, contra os seis de Gilles.
Mas no meio disso tudo, foi um profissional dedicado até ao último dia, mesmo testando carros que sabia que não iria usar.
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