quinta-feira, 4 de junho de 2015

GP Memória - Mónaco 2000

Duas semanas depois de terem estado em Nurburgring, para o GP da Europa, máquinas e pilotos estavam no Principado para correrem a sétima prova da temporada. Nessa altura, o equilíbrio de forças no campeonato estava com quatro vitórias de Michael Schumacher, em seis corridas, o que lhe dava um avanço de dezoito pontos sobre Mika Hakkinen, mas os McLaren pareciam que iriam reagir ao avanço inicial do Ferrari do piloto alemão.


Sem alterações no pelotão, os treinos de quinta-feira e sábado foram dominados por Michael Schumacher, e assim foi natural o piloto alemão ficar com a pole-position, com um avanço de 271 centésimos sobre o Jordan de Jarno Trulli, que partilhava a primeira fila. David Coulthard era o terceiro, no seu McLaren-Mercedes, seguido pelo segundo Jordan de Heinz-Harald Frentzen. Mika Hakkinen largava do terceiro posto, tendo a seu lado o Ferrari de Rubens Barrichello. Surpreendentemente, o Prost de Jean Alesi era o sétimo na grelha, seguido pelo Benetton de Giancarlo Fisichella, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Williams-BMW de Ralf Schumacher e o Jaguar de Eddie Irvine.

Na volta de formação, o Sauber de Pedro Diniz foi incapaz de sair do seu lugar e foi forçado a começar a corrida das boxes. No momento em que todos se preparavam para partir, o piloto brasileiro teve mais problemas com o seu carro e a largada foi abortada. Quem também teve problemas foi Alexander Wurz, que acabou por largar do fundo da grelha, ao mesmo tempo que Diniz foi de novo autorizado a largar da sua posição original.

Quando o sinal verde acendeu para valer, Schumacher manteve o comando, com Trulli a seguir, mas momentos depois, a organização decidiu suspendar a corrida devido a... problemas informáticos. Contudo, a falta de informação fazia com que as bandeiras vermelhas apenas fossem agitadas na zona da meta, sem serem agitadas ao longo do circuito, fazendo com que os pilotos pensassem que a corrida ainda acontecia. Assim, Pedro de La Rosa acabou por ter um toque do Williams de Jenson Button, que acabou por causar um engarrafamento, com mais alguns pilotos afetados, como Ricardo Zonta, Nick Heidfeld, Pedro Diniz e Marc Gené. Esses pilotos acabaram pro trocar de carro, mas De la Rosa não o fez por falta de chassis disponivel.

Feitas as devidas reparações, à terceira, foi de vez. Schumacher ficou com o primeiro posto na primeira curva, seguido por Trulli e Coulthard. Barrichello perdeu dois lugares e Ralf Schumacher passou para o sexto posto, subindo três lugares. Nas voltas seguintes, o alemão da Ferrari começou a afastar-se do italiano da Jordan ao ponto de na 11ª volta, a distância já se situar em onze segundos. No inicio da vigésima volta, essa diferença tinha se aberto para vinte segundos.

Por esta altura, começavam os primeiros abandonos. Alex Wurz e Marc Gené bateram no muro nas voltas 21 e 22, respectivamente, enquanto que na volta 31, era a vez de Diniz parar por causa de um toque em Ste. Devote. Na volta 36, Hakkinen parava nas boxes, mas um problema eletrónico foi detectado e perdeu quase um minuto, caindo para o nono posto. Uma volta depois, Trulli parava de vez, com a caixa de velocidades quebrada, e na volta 38, foi a vez de Ralf Schumacher bater, quando seguia na quarta posição. Contudo, o acidente do irmão de Michael teve consequências, pois ele sofreu uma ferida na perna e teve de ser levado ao hospital.

Com isto, David Coulthard era o segundo, mas com um atraso de 36 segundos sobre Schumacher. As coisas não mudaram quando o alemão foi às boxes na volta 49, para reabastecer, mas na volta 55, o Ferrari sofreu uma rotura no escape e afetou a suspensão traseira, causando a sua retirada.

Com o escocês a herdar o comando, com Frentzen atrás, e Barrichello no terceiro posto. Mas na volta 71, Frentzen tocou nos rails em Ste. Devote e acabou por desistir, deixando o segundo lugar para Barrichello. E foi assim até ao fim, com a segunda vitória na temporada para o piloto escocês. O brasileiro da Ferrari foi o segundo, com o Benetton de Fisichella no lugar mais baixo do pódio. Nos restantes lugares do pódio ficaram o Jaguar de Eddie Irvine, o Sauber de Mika Salo e o McLaren de Mika Hakkinen. 

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