Ontem, acabei o dia a ver um documentário de 2009 da BBC sobre o acidente de Le Mans em 1955. O filme é bem interessante - dediquem uma hora do vosso tempo para ver isto - porque descobrem coisas que não sabia. O melhor exemplo disso é que, 60 anos depois, nunca foi revelado o numero exato de vitimas mortais. Os números mais conservadores dão 87 mortes, enquanto que ha outros que chegam aos 127. E mais de 200 feridos. O relatório policial, ao fim destes anos todos, ainda é secreto.
O que não é secreto são as causas do acidente: o Jaguar de Mike Hawthorn, que tinha os travões de disco, freou para as boxes em cima do Austin-Healey de Lance Macklin, que para evitar embater nele, desviou-se e não viu o Mercedes de Pierre "Levegh", que se encavalitou e voou acima das barreiras de proteção. Tudo isto visto por Juan Manuel Fangio, que vinha exatamente atrás deles, e que conseguiu travar a tempo, apesar de ter travões de tambor, bem menos eficazes, ajudados por travões a ar instalados numa espécie de asa móvel.
O documentário tem os testemunhos de dois dos sobreviventes do acidente, o americano John Fitch (que morreria em 2012) e Norman Dewis, que ainda está vivo, aos 95 anos de idade. Fitch era o co-piloto de Levegh, enquanto que Dewis fazia parte da equipa de piloto da Jaguar.
Tirem uma hora do vosso dia para ver isto. Vale a pena.
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