É incrível saber que, por causa do cancelamento do GP da Alemanha, iríamos ter apenas três corridas entre o inicio de julho e o final de agosto, ou seja, sete semanas de quase deserto, com o "oásis" húngaro. Em suma, este ano, a Formula 1 está a ter umas férias inesperadamente prolongadas. E com o rumor do cancelamento da prova russa, mais aberturas poderão estar no horizonte, embora eu não acredite muito nisso, porque ambos os baixinhos - Putin e Ecclestone - têm os seus orgulhos e deverão fazer de tudo para que a Formula 1 volte a uma Sochi mais desertificada...
Mas a corrida húngara iria ser a mais emotiva desta temporada por causa do que aconteceu a Jules Bianchi. Caso a corrida alemã tivesse acontecido, a sua morte calharia entre os treinos e a qualificação da corrida, e certamente o pelotão faria aquilo que vimos neste fim de semana: as inúmeras homenagens feitas ao falecido piloto francês, quer nos seus capacetes, chapéus e carros. E o momento simbólico visto nos minutos antes de ser dada a partida, em plena pista.
Mas os problemas começaram na partida, quando o carro de Felipe Massa ficou mal colocado e esta teve de ser abortada, com os pilotos a fazerem nova volta de aquecimento. Na segunda partida, esta foi surpreendente quando os Ferrari conseguiram superar os Mercedes e ficaram com os dois primeiros lugares! Para piorar as coisas para a marca de Brackley, Hamilton saiu largo na traagem para a curva 9, indo para a gravilha e caindo para o décimo posto, algo absolutamente surpreendente nesta temporada até agora. E claro, em Maranello, era o delirio...
Com o passar das voltas, mostrou-se que Hungaroring é um circuito dificil para ultrapassagens, com Vettel na frente de Raikkonen, e Nico Rosberg no terceiro posto, sem grande chance de passá-los, enquanto que Hamilton tentava ganhar lugares, passando pilotos como Massa, por exemplo. Hamilton ganhou mais algumas posições na sua primeira paragem, que o colocou no quinto posto, atrás do Red Bull de Daniel Ricciardo.
Na volta 20, um incidente de corrida entre Sergio Perez e Pastor Maldonado na entrada da primeira curva fez com que o mexicano da Force India a atrasar-se e o venezuelano da Lotus a levar a penalização do costume por ser... Maldonado. Na mesma altura, Romain Grosjean foi penalizado em cinco segundos porque foi largado para a corrida mesmo na frente de Felipe Massa. Nas a penalização foi mais branda: apenas cinco segundos.
Após a primeira série de paragens, Vettel tinha cinco segundos de avanço sobre Raikkonen, com Rosberg no terceiro posto e Ricciardo a segurar Hamilton, com uma distância de 1,2 segundos. E Alonso já estava nos pontos, na décima posição. Na volta 29, Hamilton conseguiu passar o piloto da Red Bull e agora era quarto.
Nas voltas seguintes, as coisas pareciam ficar demasiado calmas, sem ultrapassagens de relevo e com Hamilton a aproximar-se de Rosberg por causa dos pneus (Hamilton com moles, Rosberg com médios), mas na volta 41, a modorra quebra-se com os problemas com o MGU-K de Kimi Raikkonen, que o fez abrandar e começou a ter os olhos em cima dele. Mas duas voltas depois, Nico Hulkenberg segue em frente no final da reta quando a sua asa dianteira se quebrou. Por causa disso, saiu o Safety Car virtual, que duas voltas depois, virou Safety Car real, para que pudesse tirar os pedaços de fibra de carbono que estavam na pista. E para que as coisas acontecessem... os pilotos passavam pelas boxes.
A corrida voltou na volta 49 com os Mercedes a pressionar a Ferrari. Rosberg passou Raikkonen, mas atrás houve confusão. Hamilton tocou no carro de Ricciardo e perdeu tempo, enquanto que atrás, Bottas era tocado por Verstappen, que sofreu um furo no traseiro direito. Hamilton perdeu tempo e parava nas boxes na volta 52, para mudar a asa dianteira, caindo para a 13ª posição. Na volta seguinte, o finlandês da Ferrari parava nas boxes para desligar o motor e recomeçar. E para piorar as coisas, Hamilton seria penalizado por causa da colisão com Ricciardo.
Na frente, Vettel tentava aguentar Rosberg, enquanto que Ricciardo ficou com o terceiro lugar, na frente de Kvyat, enquanto que os McLaren... estavam nos pontos, com Alonso a lugar com Sainz Jr para o sexto posto, enquanto que Button era oitavo. Atrás, Pastor Maldonado ia de mal a pior, com mais duas penalizações! Primeiro, por ir mais veloz do que devia na via das boxes, e depois por passar alguém... debaixo do safety car. Não quero chamar de "o pior piloto da Formula 1", mas creio que está a correr na década errada.
Nas voltas finais, com a poeira assentar, Hamilton conseguiu passar alguns carros e chegou ao oitavo posto, atrás de Romain Grosjean, mas na volta 65, Ricciardo tentou passar Rosberg no final da reta, e na reação, tocou na asa do australiano, com um furo no lado do alemão. Ambos os pilotos foram às boxes, e com a confusão toda, arriscavamos a ver Daniil Kvyat no pódio e Fernando Alonso num improvável quinto posto!
Mas na frente, afastado de toda esta confusão, estava Sebastian Vettel. O piloto alemão estava confortável na liderança, a caminho da sua segunda vitória do ano, o que aconteceu. Mas atrás dele... era tudo novo: Daniil Kvyat subia ao pódio pela primeira vez na sua carreira, com Daniel Ricciardo a ser terceiro, Max Verstappen a dar um inesperado quarto posto à Toro Rosso, a sua melhor posição desde os tempos de... Sebastian Vettel (desde o GP do Brasil de 2008, para ser mais concreto) Fernando Alonso a ser quinto, na frente de Lewis Hamilton, Romain Grosjean a ser sétimo e aguentando Nico Rosberg, e a fechar os pontos, Jenson Button (a primeira vez que os McLaren chegaram aos pontos) e o Sauber de Marcus Ericsson.
E no meio de todos os simbolismos, mais um: Sebastian Vettel igualou as 41 vitórias de Ayrton Senna, tudo isto em 149 Grandes Prémios. Schumacher conseguiu em menos tempo - 140 corridas - mas o que interessa está lá: pertence à elite. E claro, não há Mercedes no pódio, algo que não acontecia desde... o GP do Brasil de 2013. Ano e meio depois.
No final, eis o resumo de uma corrida que tinha tudo para ser aborrecida, mas que aconteceu o contrário. Sem chuva, mas com muita azelhice dos pilotos. Agora voltam as férias, e mais três semanas até a um dos clássicos: Spa-Francochamps.
Mas os problemas começaram na partida, quando o carro de Felipe Massa ficou mal colocado e esta teve de ser abortada, com os pilotos a fazerem nova volta de aquecimento. Na segunda partida, esta foi surpreendente quando os Ferrari conseguiram superar os Mercedes e ficaram com os dois primeiros lugares! Para piorar as coisas para a marca de Brackley, Hamilton saiu largo na traagem para a curva 9, indo para a gravilha e caindo para o décimo posto, algo absolutamente surpreendente nesta temporada até agora. E claro, em Maranello, era o delirio...
Com o passar das voltas, mostrou-se que Hungaroring é um circuito dificil para ultrapassagens, com Vettel na frente de Raikkonen, e Nico Rosberg no terceiro posto, sem grande chance de passá-los, enquanto que Hamilton tentava ganhar lugares, passando pilotos como Massa, por exemplo. Hamilton ganhou mais algumas posições na sua primeira paragem, que o colocou no quinto posto, atrás do Red Bull de Daniel Ricciardo.
Na volta 20, um incidente de corrida entre Sergio Perez e Pastor Maldonado na entrada da primeira curva fez com que o mexicano da Force India a atrasar-se e o venezuelano da Lotus a levar a penalização do costume por ser... Maldonado. Na mesma altura, Romain Grosjean foi penalizado em cinco segundos porque foi largado para a corrida mesmo na frente de Felipe Massa. Nas a penalização foi mais branda: apenas cinco segundos.
Após a primeira série de paragens, Vettel tinha cinco segundos de avanço sobre Raikkonen, com Rosberg no terceiro posto e Ricciardo a segurar Hamilton, com uma distância de 1,2 segundos. E Alonso já estava nos pontos, na décima posição. Na volta 29, Hamilton conseguiu passar o piloto da Red Bull e agora era quarto.
A corrida voltou na volta 49 com os Mercedes a pressionar a Ferrari. Rosberg passou Raikkonen, mas atrás houve confusão. Hamilton tocou no carro de Ricciardo e perdeu tempo, enquanto que atrás, Bottas era tocado por Verstappen, que sofreu um furo no traseiro direito. Hamilton perdeu tempo e parava nas boxes na volta 52, para mudar a asa dianteira, caindo para a 13ª posição. Na volta seguinte, o finlandês da Ferrari parava nas boxes para desligar o motor e recomeçar. E para piorar as coisas, Hamilton seria penalizado por causa da colisão com Ricciardo.
Na frente, Vettel tentava aguentar Rosberg, enquanto que Ricciardo ficou com o terceiro lugar, na frente de Kvyat, enquanto que os McLaren... estavam nos pontos, com Alonso a lugar com Sainz Jr para o sexto posto, enquanto que Button era oitavo. Atrás, Pastor Maldonado ia de mal a pior, com mais duas penalizações! Primeiro, por ir mais veloz do que devia na via das boxes, e depois por passar alguém... debaixo do safety car. Não quero chamar de "o pior piloto da Formula 1", mas creio que está a correr na década errada.
Nas voltas finais, com a poeira assentar, Hamilton conseguiu passar alguns carros e chegou ao oitavo posto, atrás de Romain Grosjean, mas na volta 65, Ricciardo tentou passar Rosberg no final da reta, e na reação, tocou na asa do australiano, com um furo no lado do alemão. Ambos os pilotos foram às boxes, e com a confusão toda, arriscavamos a ver Daniil Kvyat no pódio e Fernando Alonso num improvável quinto posto!
Mas na frente, afastado de toda esta confusão, estava Sebastian Vettel. O piloto alemão estava confortável na liderança, a caminho da sua segunda vitória do ano, o que aconteceu. Mas atrás dele... era tudo novo: Daniil Kvyat subia ao pódio pela primeira vez na sua carreira, com Daniel Ricciardo a ser terceiro, Max Verstappen a dar um inesperado quarto posto à Toro Rosso, a sua melhor posição desde os tempos de... Sebastian Vettel (desde o GP do Brasil de 2008, para ser mais concreto) Fernando Alonso a ser quinto, na frente de Lewis Hamilton, Romain Grosjean a ser sétimo e aguentando Nico Rosberg, e a fechar os pontos, Jenson Button (a primeira vez que os McLaren chegaram aos pontos) e o Sauber de Marcus Ericsson.
E no meio de todos os simbolismos, mais um: Sebastian Vettel igualou as 41 vitórias de Ayrton Senna, tudo isto em 149 Grandes Prémios. Schumacher conseguiu em menos tempo - 140 corridas - mas o que interessa está lá: pertence à elite. E claro, não há Mercedes no pódio, algo que não acontecia desde... o GP do Brasil de 2013. Ano e meio depois.
No final, eis o resumo de uma corrida que tinha tudo para ser aborrecida, mas que aconteceu o contrário. Sem chuva, mas com muita azelhice dos pilotos. Agora voltam as férias, e mais três semanas até a um dos clássicos: Spa-Francochamps.
O que salva este campeonato é que os motoristas da Mercedes são ruins pra caramba.
ResponderEliminaré só não atrapalhar que o carro ganha corridas, mas eles não conseguem. Tem sempre que dar umas manetadas.
Esta periga ser a melhor corrida do ano.
O pódio da Hungria: (1ª) Vettel, (2ª) Kvyat e (3ª) Ricciardo, é um pódio de ex-pilotos da Toro Rosso.
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