Na arrepiante contagem dos pilotos mortos na Formula 1, apesar de terem passado para cima de vinte e cinco pilotos franceses na categoria máxima do automobilismo, poucos foram os que morreram em pista, comparado com os italianos, britânicos ou os americanos. Na realidade, Jules Bianchi tornou-se no sexto piloto de Formula 1 a morrer em pista, quer em corridas, quer em testes ou treinos.
Alguns desses acidentes fatais são bem conhecidos e muito discutidos, outros nem por isso, mas todos estes pilotos tiveram carreiras interessantes no automobilismo. Um deles venceu chegou a vencer as 24 Horas de Le Mans com o seu filho, enquanto que outros tiveram carreiras interessantes noutras categorias.
Eis a sinistra lista dos franceses que pagaram o preço mais alto do automobilismo.
1 - Louis Rosier
Alguns desses acidentes fatais são bem conhecidos e muito discutidos, outros nem por isso, mas todos estes pilotos tiveram carreiras interessantes no automobilismo. Um deles venceu chegou a vencer as 24 Horas de Le Mans com o seu filho, enquanto que outros tiveram carreiras interessantes noutras categorias.
Eis a sinistra lista dos franceses que pagaram o preço mais alto do automobilismo.
1 - Louis Rosier
Nascido a 5 de novembro de 1905 em Clermont-Ferrand, a carreira de Rosier foi longa, com mais de duas décadas, interrompida por causa da II Guerra Mundial. Vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1950 com o seu filho Jean-Louis Rosier - a unica vez que pai e filho venceram em Le Mans - começou a correr na Formula 1 logo na sua temporada inaugural, a bordo de um Talbot-Lago. No ano seguinte, decidiu continuar a carreira sendo ao mesmo tempo piloto e patrão, como a Ecurie Rosier, que andava com Talbot-Lagos.
Seu melhor resultado foram dois terceiros lugares nas corridas da Suiça e da Belgica, em 1950, terminando o ano no quarto lugar, com 13 pontos. Nos anos seguintes andou em Ferraris e Maseratis, até 1956, quando tinha 50 anos de idade.
Contudo, a 7 de outubro de 1956, Rosier sofreu um acidente fatal enquanto testava no circuito de Montlhéry. Por essa altura, já estava a desenhar um circuito nos arredores da sua cidade natal, no sentido de providenciar coridas na sua terra, sem ser em estradas públicas. Tornou-se no circuito de Charade e foi batizado em seu nome.
Seu melhor resultado foram dois terceiros lugares nas corridas da Suiça e da Belgica, em 1950, terminando o ano no quarto lugar, com 13 pontos. Nos anos seguintes andou em Ferraris e Maseratis, até 1956, quando tinha 50 anos de idade.
Contudo, a 7 de outubro de 1956, Rosier sofreu um acidente fatal enquanto testava no circuito de Montlhéry. Por essa altura, já estava a desenhar um circuito nos arredores da sua cidade natal, no sentido de providenciar coridas na sua terra, sem ser em estradas públicas. Tornou-se no circuito de Charade e foi batizado em seu nome.
2 - Jean Behra
Nascido em Marselha no ano de 1921, Jean Behra era baixo, forte e de um temperamento irascível. Mas muito veloz e competitivo, apesar dos acidentes que sofreu. Chegou a contar com doze cicatrizes no seu corpo ao longo da sua carreira.
Chegou à Formula 1 em 1952, para correr na Gordini, e conseguiu um pódio na sua primeira corrida, na Suiça. Em 1955, passou para a Maserati, onde conseguiu o seu melhor temporada no ano seguinte, com quatro pódios - mas sem vitórias - e o quarto lugar do campeonato, com 22 pontos. Em 1958 passou para a BRM, sem grandes resultados, aparte um terceiro lugar na Holanda.
Contudo, no ano seguinte, Behra foi para a Ferrari, na sua equipa oficial. Mas ele lidava mal comn a lendária pressão de Enzo Ferrari e o seu mau temperamento veio ao de cima após ter desistido no GP de França, quando após uma violenta discussão com o diretor de equipa, Romolo Tavoni, esmurrou-o. Ferrari despediu-o de imediato, e ele decidiu ir para a Porsche.
A 1 de agosto de 1959, na véspera da GP da Alemanha, Behra participava numa prova de Turismos em Avus quando perdeu o controlo do seu Porsche, sendo cuspido e morrido de imediato, vitima de uma fratura no crânio. Tinha 38 anos.
3 - Jo Schlesser
Depois de Behra, a Formula 1 viveu um deserto de pilotos franceses, que só terminou no final da década, com Jean-Pierre Beltoise. Mas pelo meio houve pilotos como Guy Ligier e Jo Schlesser, curiosamente grandes amigos.
Nascido em 1928 na ilha de Madagascar - então colónia francesa - Schlesser corria de modo amador por muito tempo, apenas pegando de forma profissional no final da década de 50. A sua carreira tinha sido feita essencialmente nos GT's, ao serviço da Ford francesa, e na Formula 2, pela Matra.
Em 1968, aos 40 anos, estava mais interessado em gerir uma equipa de Formula 2, ao lado de Guy Ligier - que tinha acabado de fazer duas temporadas na Formula 1 - quando recebeu o convite da Honda em correr num dos seus carros no GP de França, em Reims. O chassis a ser testado era o RA302, refrigerado a ar, e era um carro experimental. John Surtees tinha dado algumas voltas e afirmou que o carro era instável e perigoso. Mas como a Honda queria testá-lo, ofereceu o volante a Schlesser, que o aceitou.
Surtees tinha razão: o carro era uma armadilha, com um potencial para matar o piloto devido ao seu peso e instabilidade. A corrida de Schlesser durou apenas duas voltas, quando tentou controlar o seu carro na Virage Six Fréres, mas não conseguiu, acidentando-se fatalmente. O magnésio, material do qual o carro era feito, apenas incendiou ainda mais o carro, e os bombeiros demoraram muito tempo para apagar o fogo. Schlesser tinha 40 anos.
4 - Francois Cevért
De origem judaica, a carreira de Cevért começou em 1966 quando venceu o Volant Shell contra outro futuro piloto de Formula 1 com destino trágico, Patrick Depailler. Nos anos seguintes, andou na Formula 3, onde foi campeão em 1968, e na Formula 2, com a Tecno, mas os bons resultados nesta última fizeram com que a Tyrrell o pegasse a meio de 1970, em substituição de outro francês, Johnny Servoz-Gavin.
A sua chegada tinha sido uma recomendação de Jackie Stewart, que em conjunto com a exigência da Elf em ter um piloto francês nas suas fileiras, fez com que se combinassem. Nos três anos seguintes, Cevért tornou-se no escudeiro do piloto escocês, enquanto que corria na Matra na Endurance. O seu grande resultado foi a vitória no GP dos Estados Unidos de 1971, ao volante do Tyrrell 004, enquanto que no ano seguinte venceu uma corrida do Can-Am e foi segundo classificado nas 24 horas de Le Mans, atrás do outro Matra de Henri Pescarolo e de Graham Hill.
Em 1973, Cevért conseguiu sete pódios e uma volta mais rápida, mas andava sempre atrás de Jackie Stewart, mas este, em segredo, combinava a retirada da competição, e queria que o piloto francês fosse o seu sucessor. A última corrida do ano, em Watkins Glen, seria o local onde o escocês anunciaria a sua retirada, após conquistar o seu terceiro título mundial, mas na véspera, o piloto francês sofreu um despiste fatal, aos 29 anos de idade.
Em 1973, Cevért conseguiu sete pódios e uma volta mais rápida, mas andava sempre atrás de Jackie Stewart, mas este, em segredo, combinava a retirada da competição, e queria que o piloto francês fosse o seu sucessor. A última corrida do ano, em Watkins Glen, seria o local onde o escocês anunciaria a sua retirada, após conquistar o seu terceiro título mundial, mas na véspera, o piloto francês sofreu um despiste fatal, aos 29 anos de idade.
Como Rosier, Depailler era um nativo de Clermont-Ferrand, nascido a 9 de agosto de 1944. Filho de arquitecto, estudou para ser dentista mas foi o automobilismo que o seduziu, começado a competir em 1964, num Lotus 7. Dois anos depois, perdeu o Volant Shell para Francois Cevért, mas a Alpine gosta do seu estilo e contrata-o para ser piloto de desenvolvimento da marca, quer na Formula 3, quer na Endurance. Em 1972, tem uma chance de se estrear na Formula 1 ao serviço da Tyrrell, num modelo 004, onde conseguiu um sétimo posto em Watkins Glen.
No ano seguinte, era para ser o terceiro piloto da marca quando sofreu um acidente de motocross na sua Clermont natal, fraturando ambas as pernas e o impedindo de correr nas rondas americanas. Contudo, o acidente mortal de Francois Cevért o faz com que seja o segundo piloto da marca para 1974, com algumas condições, uma delas era o de proibição de atividades "extra-curriculares". É que para além do motocross, ele adorava asa-delta e mergulho...
Nos quatro anos seguintes, Depailler consegue bons resultados, especialmente com o modelo P34, o carro das seis rodas, mas não alcança a vitória. Esta só aconteceria em 1978, quando venceu o GP do Mónaco. No final do ano, transfere-se para a Ligier, onde tem um bom arranque, vencendo em Jarama e conseguindo mais um pódio em Interlagos. Mas alguns dias após o GP do Mónaco, em junho de 1979, Depailler sofre um acidente de asa delta e fratura ambas as pernas, ficando de fora o restante ano.
Dispensado da Ligier, assina pela Alfa Romeo em 1980, com um carro veloz mas nada fiável. A primeira parte da temporada foi um martirio, mas pensava que as coisas iriam melhorar, com mais testes. E a 1 de agosto de 1980, Depailler estava a caminho do circuito alemão de Hockenheim, onde iria participar em mais uma sessão de testes, pois a corrida alemã iria acontecer dentro de nove dias.
Contudo, quando se aproximava da Ostkurwe, uma pedra entrou dentro do seu carro, afetando a sua direção e fazendo com que fosse de frente contra os rails de proteção, acabando em cima deles, arrastando-se por algumas dezenas de metros. Gravemente ferido - as suas pernas tinham sido decepadas no impacto - foi levado para o hospital de Mannheim, onde iria morrer cerca de hora e meia mais tarde, a poucos dias de completar 36 anos.
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