Nelson Piquet Jr. fala pouco, mas quando acontece, ele mostra que é filho de Nelson Piquet. Na parte zueira, claro. O atual campeão da Formula E deu uma entrevista ao jornal "Lance!" onde demoliu alguns aspectos do seu país, e referiu sobre outros pilotos, especialmente os patrocinios que Felipe Nasr levou para correr na Sauber.
"Nunca quis me meter com coisa governamental, é tudo corrupto. O mundo inteiro zoa o Brasil, qualquer notícia o mundo zoa. Lógico que companheiros e o pessoal da equipa comentam sobre as notícias de corrupção. Em qualquer lugar todo mundo sabe que o Brasil é uma piada. O pessoal rouba dinheiro como se fosse bala. É o Brasil, infelizmente. Adoro meu país, a cultura, a música, a comida, mas, infelizmente, não posso falar muito da política, apesar de entender pouco. Meus amigos mesmo, alguns do Banco Central, que me contam", revelou o piloto de 30 anos.
Piquet Jr. também não entende a razão porque o Banco do Brasil esteja a injetar dinheiro no seu conterrâneo Nasr (ambos são de Brasilia). "Precisa ter um cheque de dez milhões [de dólares] para correr na Fórmula 1. É injusto, mas, bom, é a crise da economia no momento. Na minha época, quando um piloto pagava para correr, eram dois milhões no máximo. O Banco do Brasil está enchendo o Felipe Nasr de dinheiro (o acordo está na casa das dezenas de milhões de reais), não entendo o porquê", comentou.
Seis anos depois de sair da Formula 1 pela porta pequena, depois do "Crashgate" em Singapura, em 2008, Piquet afirma que não se arrepende disso. Diz que o Renault daquele ano era uma "bosta", mesmo com Fernando Alonso como companheiro de equipa, e não perdoa Flávio Briatore: "Todo mundo sabe o que ele é. Vai ser preso agora por não pagar imposto, todo mundo sabe o que ele é. Ele é um nada, um cara com ego gigante. Em algum ponto, ele deve ter sido bom empresário. Se ele está onde está, é porque fez alguma coisa".
"Não olho para trás. Tento amadurecer. Obviamente que você com trinta, quarenta anos, tem outra maturidade do que quando tinha vinte. Então, olha para trás e se arrepende. Como vai ter cabeça naquela época? Só quando amadurece e aprende. Se eu soubesse que a escola era importante quando eu tinha quinze anos, não ficaria matando aula para paquerar as meninas. É difícil falar que a gente não pode entrar nessas. Faltou alguém para me dar um pouco de conselho. Na hora, assim, não tem como fazer essas coisas. Faltava um empresário e maturidade. Faltava alguém do meu lado.", concluiu.
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