Os anos 50 foi uma era em que qualquer senhor com dinheiro e algum talento atrás do volante arriscava-se a ser piloto de Formula 1. Esses "gentleman drivers" puluavam as grelhas nesses primeiros tempos do automobilismo, e a história de Eric Thompson é um deles. Falecido há uma semana, no passado dia 22 de agosto, aos 95 anos de idade, merece uma menção porque, na sua unica participação na Formula 1, conseguiu dois pontos.
Thompson nasceu a 4 de novembro de 1919 em Ditton Hill, no Surrey inglês. Começou a gostar de automobilismo na adolescência, seguindo os feitos de Richard Seaman. Contudo, no final da adolescência, ele decidiu aceitar um trabalho na seguradora Lloyds, de Londres, pois era um emprego seguro e bem pago. Contudo, aos vinte anos de idade, começava a II Guerra Mundial e fez parte do esforço de guerra.
Com a guerra terminada, e alcançado a prosperidade, Thompson decidiu arriscar no automobilismo. Aproveitando as férias e os fins de semana, aproveitava para correr, e a sua primeira participação relevante foi nas 12 Horas de Montlhery de 1948, ao lado de Robin Richard, num HRC, onde terminaram na 17ª posição da geral e quarto na sua classe. No ano seguinte, faz a sua primeira participação nas 24 Horas de Le Mans, num HRG, ao lado de Jack Fairman. A corrida foi boa para ambos e terminaram no oitavo lugar da geral.
No ano seguinte, foi para a Aston Martin, correndo ao lado de Reg Parnell, Peter Collins e Roy Salvadori. E sua primeira participação relevante foi as 24 Horas de 1950, ao lado de John Gordon, num DB2, mas a sua participação terminou após nove voltas, graças a um motor rebentado. No ano seguinte, participou em eventos como o Tourist Trophy e as 24 Horas de Le Mans, onde teve como melhor resultado um terceiro lugar em La Sarthe, ao lado de Lance Macklin. Para além das corridas com a Aston Martin, também participou em eventos de Formula Libre, com carros como o Bugatti Type 35 ou o ERA/Delage.
Em 1952, Thompson e Parnell voltaram a La Sarthe com o modelo DB3, mas abandonaram cedo devido a problemas de transmissão. Um mês depois de ter participado na corrida de resistência, Thompson estava na equipa oficial da Connaught para participar no GP da Grã-Bretanha, a sua estreia na Formula 1. Com motor Lea-Francis e alinhando ao lado de Dennis Poore, Kenneth McAlpine e Ken Downing, conseguiu o nono melhor tempo na grelha e na corrida, ele foi consistente, acabando no quinto lugar e conseguindo dois pontos, apenas atrás do seu companheiro Denis Poore e dos Ferrari de Alberto Ascari e Piero Taruffi, e do Cooper de Mike Hawthorn, que conseguia ali o seu primeiro pódio da sua carreira. Thompson acabaria a três voltas do vencedor, e seria a sua única corrida.
Em 1953, de novo na Aston Martin, alinhou ao lado de Poore nas 24 Horas de Le Mans, mas a sua corida terminou após 182 voltas, dpeois de um problema na ignição. Mas as coisas correram melhor mais tarde, ao vencerem as Nove Horas de Goodwood e serem segundos no Tourist Trophy. Ele iria correr até 1955, quando decidiu abandonar o automobilismo para se concentrar no seu trabalho na Lloyd's. Nesse ano, alinhou com um Connaught ao lado de McAlpine, mas a sua corrida acabou após 60 voltas, com um motor quebrado.
Após a sua passagem pelo automobilismo, Thompson regressa à Lloyd's, onde ficará até à reforma, em meados dos anos 80. Então, abre uma livraria em Guilford, no Surrey, especializada no automobilismo. Aparece frequentemente nas corridas históricas e em 2013 é um dos primeiros indicados para o Le Mans Hall of Fame.
Após a sua passagem pelo automobilismo, Thompson regressa à Lloyd's, onde ficará até à reforma, em meados dos anos 80. Então, abre uma livraria em Guilford, no Surrey, especializada no automobilismo. Aparece frequentemente nas corridas históricas e em 2013 é um dos primeiros indicados para o Le Mans Hall of Fame.
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