Kimi Raikkonen prepara-se para ultrapassar Giancarlo Fisichella na entrada da última volta do GP do Japão de 2005. Faz hoje dez anos desde que aconteceu um dos Grandes Prémios mais emocionantes da década passada. Uma corrida onde uma grande ultrapassagem foi superada por uma ultrapassagem ainda melhor, à frente de toda a gente, na reta principal.
Raikkonen teve uma qualificação desastrosa à chuva, ao partir da 17ª posição, e a McLaren achou por bem que deveria fazer uma corrida ao ataque, andando o mais pesado possível, para parar o mais tarde possivel, andando sempre de pé a fundo, para no final ficar o mais alto possível. O resultado final foi que Kimi se tornou no quinto piloto a vencer no lugar mais a fundo da grelha, sendo apenas superado por Rubens Barrichello, no famoso GP da Alemanha de 2000, pelo americano Bill Vukovich, nas 500 Milhas de Indianápolis de 1955, e pelas duas vitórias de John Watson, nos GP's de Detroit, em 1982, e em Long Beach, em 1983. Mesmo Michael Schumacher, Fernando Alonso ou Jenson Button, tiveram as suas vitórias épicas de lugares mais adiante na grelha de partida.
A corrida japonesa demonstrou também quem tem estofo de vencer. Kimi foi aguerrido e demonstrou isso, estando sempre ao ataque. Provavelmente, o seu companheiro de equipa, Juan Pablo Montoya, deveria ter essa mesma tática, se não tivesse desistido na primeira volta por causa de um toque com Jacques Villeneuve.
No final, o lugar mais alto do pódio foi a recompensa da sua atitude de nunca baixar os braços, e isso é daquela coisa que conquista o adepto comum. E Kimi, ao longo da sua longa carreira, já mostrou que não é o piloto dito "comum". E bem antes dos comunicados na rádio e dos gelados malaios, provou que era um piloto bem veloz.
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