quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Os problemas da Trulli GP

Parece que tudo vai de mal a pior para a equipa de Jarno Trulli. Depois de uma pré-temporada desastrosa, e o facto dos seus materiais não terem passado na alfândega de Pequim, agora querem fazer tudo direito para poderem estar presentes na corrida de Putrajaya, que vai acontecer daqui a semana e meia.

A história é contada pelo sitio brasileiro Grande Prêmio: a equipa decidiu fazer ela mesma o frete do seu material da Grã-Bretanha para a China, em vez de fazer como as outras equipas, que fizeram pela DHL. Só que, apesar de algumas caixas com material terem chegado bem antes do tempo - duas semanas - o resto não conseguiu ser desalfandegado a tempo de serem vistoriadas tecnicamente, logo, não puderam participar na primeira corrida do ano.

"Entregamos nossos inversores e nossos motores por nosso próprio frete e não o da logística do campeonato, que é a DHL. O pacote chegou em 8 de outubro e desde 17 de outubro não conseguimos respostas sobre uma autorização vinda do pessoal da alfândega. Então, perguntamos para a DHL se eles poderiam nos ajudar. Envolvemos a FEH e também o Steven Lu, da China, que nos ajudou muito. Na última quarta-feira recebemos um e-mail da DHL dizendo que tínhamos luz verde para o pacote", começou por fizer Lucio Cavuto, o diretor técnico da equipa.


"Recebemos outro e-mail na quinta de manhã dizendo que era uma luz vermelha e era um problema. Preenchemos todos os papéis e os pedidos da alfândega, mas a situação é que o caso ainda está na alfândega. O próximo passo que demos foi falar com Alberto Longo, o diretor-executivo-adjunto da FEH. Agora estamos tentando enviar de Pequim para Kuala Lumpur para a próxima corrida via DHL. "Esperamos que isso aconteça e eles nos entreguem [o material], porque se nós tivemos que cuidar disso por nós mesmos, podemos ter os mesmos problemas", afirmou. 

Cavuto aproveitou para dissecar os problemas que tiveram com a equipa desde meados do ano passado, quando adquiriram a equipa de Lord Drayson e descobriram pelo caminho os erros que foram cometidos e o que foi feito desde então, eles que ficaram na última posição do campeonato de construtores, apesar de um quarto lugar e de uma pole-position em Berlim, com Jarno Trulli ao volante.

"Quando você termina no último lugar, como acabamos no ano passado, você nunca está numa posição muito boa. Essa é a realidade. O desempenho não foi perfeito, mas da parte da gestão foi difícil porque tivemos só um mês para trabalhar antes da corrida chinesa. Então, para nós, as pessoas que escolhemos não eram as melhores no mercado. Temos uma equipa bem melhor esse ano, uma estrutura bem melhor", começou por afirmar.

"No ano passado, o nosso grande problema em termos de desempenho teve a ver com o sistema de arrefecimento. Antes de recebermos os carros, o primeiro teste foi em Donington, ainda com a Drayson. Encontramos o radiador ligado ao motor e depois ao inversor. O inversor estava sendo 'comido'. É o coração do carro e precisa ser ventilado para ser eficiente."

"Quando chegamos a Donington, nossa equipa copiou o que a Drayson e tínhamos quatro carros com esse erro dramático. 'Queimamos' a temporada por causa disso. Só percebemos neste verão, quando estávamos a modificar o carro para a esta temporada e nosso mecânico brasileiro perguntou-nos se éramos loucos por estarmos a resfriar primeiro o motor e não o inversor", concluiu.

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