As poucas classificativas do longo rali da Corsega consagraram facilmente o finlandês Jari-Matti Latvala como o grande vencedor, sete anos após o regresso deste clássico do asfalto ao WRC. Pode ter sido mais uma vitória da Volkswagen - com outro piloto, é certo - mas houve mais competividade, e Sebastien Ogier não andou perto da vitória. A sua única consolação foi ter vencido a Power Stage e conseguir mais três pontos no campeonato.
E no final, Latvala não esqueceu um compatriota seu: “Não está fácil colocar em palavras o que sinto. É um feeling fantástico vencer na Córsega, as condições não foram de modo nenhum fáceis, pois estávamos constantemente a mudar de zonas secas para molhadas e a minha diferença para o Elfyn Evans não se pode considerar confortável. Não quis correr demasiados riscos, e estender a vantagem para poder controlar de uma forma mais fácil. Quero dedicar esta vitória ao meu ídolo, Henri Toivonen. Esta é mais uma razão pela qual este dia é tão especial para mim”, afirmou no pódio.
O dia começou com Ogier a tentar a recuperação, depois da sua desistência na sexta-feira, ao ser melhor na especial de Sotta-Chialza, com Latvala logo a seguir, ampliando a diferença para Elfyn Evans, que fez o quarto melhor tempo (batido por Mikkelsen), mas viu alargada a diferença para 17,3 segundos. "Havia partes muito escorregadias e bastante terra na estrada em algumas zonas em que se cortam as curvas. Não me senti muito confortável e não sabia como seria o tempo. Parece que correu bem. Acho que no final, os pneus macios deviam funcionar melhor", explicou Latvala.
A seguir, em Zerubia-Martini, o melhor foi Dani Sordo, no seu Hyundai, onde de modo surpreendente, superou Sebastien Ogier em 3,2 segundos. Latvala foi o terceiro, empatado com Haydon Paddon, a 6,2 segundos do vencedor, mas praticamente tinha a vitória à mão, pois foi mais veloz do que Evans, que foi apenas décimo, a 22 segundos do vencedor, e viu a distância para Latvala aumentar para 32,7 segundos.
No final com a Power Stage de Agosta, Ogier conseguiu vencer de novo, com uma vantagem de 8,6 segundos sobre Robert Kubica e 10,2 sobre Jari-Matti Latvala. E com isso alcançava a terceira vitória do ano, com uma vantagem de 43,1 segundos sobre Elfyn Evans, que conseguia aqui o seu segundo pódio da sua carreira e o melhor resultado do ano para a Ford. Anders Mikkelsen fechou o pódio para a Volkswagen, não muito longe do piloto galês (a 46,3 segundos).
"Foi um grande fim-de-semana. Não estivemos no máximo em todos os momentos porque era preciso ter cuidado perante condições tão difíceis. Ganhei o Rali de França no ano passado e estou muito contente por conseguir ganhar agora na Córsega", afirmou o vencedor.
"O Andreas andou muito depressa no final, mas eu sabia que se fizesse troços limpos e sem problemas poderia segurar o meu lugar. Estou muito contente. Depois dos tempos difíceis que vivi mais recentemente, e de todas as críticas, este resultado é um doce saboroso", sublinhou Elfyn Evans.
Kris Meeke foi o melhor dos Citroen, num distante quarto posto, a um minuto e 33 segundos do vencedor, com Haydon Paddon a vir a seguir, com mais vinte segundos de diferença, batendo por pouco Mads Ostberg na luta pelo quinto posto. Dani Sordo, o quarto na Power Stage, conseguiu superar Bryan Bouffier e ser o sétimo da geral, enquanto que Stephane Sarrazin foi o nono, com o estónio Ott Tanak a fechar os pontos.
O WRC regressa no final do mês - 23 a 25 de outubro - com o Rali da Catalunha, um misto em asfalto e terra.
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