O rali do Algarve, a última prova do campeonato nacional de ralis, decidiu ser este ano um pouco diferente dos restantes, fora Açores e Madeira: dividido em dois dias, oito classificativas de terra, onde em tempos passava o Rali de Portugal, acabou o dia com uma luta entre Carlos Vieira e Ricardo Moura pela liderança, e com José Pedro Fontes num pálido quarto posto, a quase 50 segundos e com cada vez menos chances de conquistar o campeonato.
Com o rali a começar na tarde deste sábado, na primeira passagem por São Brás de Alportel, Ricardo Moura começou melhor, abrindo uma vantagem de 7,2 segundos sobre Carlos Vieira, noutro Ford Fiesta R5, enquanto que José Pedro Fontes era o terceiro, com uma desvantagem de 13,2 segundos, no seu Citroen DS3 R5. Pedro Meireles era o quarto, a 13,6 segundos de Moura, e já abria uma eborme vantagem sobre o outro Skoda Fabia S2000 de Joaquim Alves. Diago Gago, no Peugeot 208 R2 com que participou no Europeu Junior, era o surpreendente sexto classificado, na frente de Adruzilo Lopes. Já o local Ricardo Teodósio tinha problemas de motor e perdia mais de quatro minutos para os líderes.
A seguir, na primeira passagem por Alportel, Carlos Vieira aumentava a vantagem sobre Moura, que era superado por Pedro Meireles... por 0,1 segundos! Contudo, ambos tinham feito tempos, respectivamente, 4,1 e 4,2 segundos mais lentos do que o piloto do Ford Fiesta R5. Carlos Martins fazia o quarto melhor tempo, na frente de Diogo Salvi e José Pedro Fontes, que perdia 13,5 segundos para o lider (e tinha problemas de travões), e tinha caído para o quarto lugar da geral, a 22,5 segundos de Ricardo Moura, que ainda liderava.
Na segunda passagem por São Brás, Carlos Vireira continuava a vencer, mas Ricardo Moura conseguia segurar a liderança, pois a diferença entre ambos tinha sido de 1,1 segundos, e o piloto dos Açores mantinha a liderança por meros dois segundos sobre Vieira. Já José Pedro Fontes era o sexto na etapa, perdendo 25,7 segundos e era quarto, a 47,1 segundos, vendo Moura cada vez mais distante. Ricardo Teodóisio, recuperado dos problemas de motor que teve no inicio do rali, era o quinto mais veloz, batido apenas pelos Skoda de Pedro Meireles e Carlos Martins.
E foi só na segunda passagem por Alportel que Vireira apanhou Moura, ao conseguir a terceira vitória consecutiva e abrindo uma vantagem de 4,2 segundos sobre José Pedro Fontes, já curado dos seus problemas de travões. Ricardo Moura fazia apenas o terceiro melhor tempo, a 6,9 segundos e por consequência, perdia a liderança. Ricardo Teodósio ficava com o quarto melhor tempo, na frente dos Skodas de Pedro Meireles, Carlos Martins e Joaquim Alves.
No final do primeiro dia, Vieira e Moura tinham uma diferença de 4,9 segundos, mas ambos tinham o terceiro classificado, Pedro Meireles, a 38,9 segundos, e José Pedro Fontes a 49,3 segundos, isto quando faltam quatro classificativas para o seu final, que vão ser cumpridas no domingo.
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