O Grupo B, surgido em 1982 como substituto dos Grupo 4 e 5, tinha como ideia ter carros mais potentes e mais leves, aproveitando o surgimento dos turbocompresores. Com poucas restrições, o único grande requisito era que os modelos apresentados tivessem pelo menos 200 exemplares de modelos de estrada para poderem ser homologados pela então FISA. Graças a essas poucas restrições, os modelos aos poucos começaram a ter o dobro da potência em menos de quatro anos, passando dos 250 para os 500 quando começa a temporada de 1986, altura em que temos seis marcas presentes: Audi, Lancia, Peugeot, Ford, Citroen e MG. É sobre esta última marca do qual falo hoje, o modelo MG Metro 6R4.
O carro tinha como base o popular Austin Metro, mas para além da silhueta, não havia mais nada que ligasse ao modelo de rua. O chassis era tubular e o motor era um V6 de três litros, sem turbocompressor, baseado no Cosworth DFV, e estava colocado numa posição central-traseira, desenvolvido por David Wood e com a ajuda técnica da Williams Grand Prix. Com tração às quatro rodas, tinha 410 cavalos de potência. As versões de estrada (os duzentos exemplares necessários para homologação) eram um pouco menos potentes, com 250 cavalos, e estando à venda por 40 mil libras.
Apresentado ao público em maio de 1985, o carro estreou-se em novembro (depois de fabricados os 200 exemplares de estrada na fábrica de Longbridge), no Rali RAC, com Tony Pond ao volante e o resultado pareceu ser promissor, com um terceiro posto, atrás de outro estreante nesse rali, o Lancia Delta S4, que ficou com os dois primeiros lugares, através dos finlandeses Henri Toivonen e Markku Alen.
Assim sendo, parecia que em 1986, as coisas poderiam ser melhores, lutando contra os Lancia, Peugeot, Audi e outros, com Pond e o seu compatriota Malcom Wilson ao volante na maior parte dos ralis, bem como o sueco Per Eklund. Mas apesar do resultado promissor mostrado em terras inglesas, o carro não conseguiu chegar ao fim nos primeiros ralis do ano, devido a problemas com o motor V6.
A meio do ano, após o anuncio do banimento do grupo B devido aos acidentes nos ralis de Portugal e da Córsega, os motores dos MG foram revistos e a fiabilidade aumentou, com Eklund, Harri Toivonen (irmão mais novo de Henri Toivonen) e Malcom Wilson a serem sétimo, oitavo e décimo no rali da Finlândia, e depois com Pond a ser sexto no Rali RAC, com Jimmy McRae (pai de Colin a Alistair) a ser oitavo e David Llewin a ser nono. No final da temporada, o MG foi retirado e os motores vendidos para Tom Walkinshaw, que os usou numa versão desportiva do Jaguar XJ220, com turbocompressores, e de novo com David Wood aos comandos.
Ficha Técnica:
Modelo: MG Metro 6R4
Motor: Rover V6 de 3 litros
Pneus: Michelin
Pilotos: Tony Pond, Malcom Wilson, Per Eklund, Marc Duez, Didier Auriol, Harri Toivonen, Jimmy McRae e David Llewin
Esreia: Rali RAC de 1985
Ralis: 8
Vitórias: 0
Pontos: 35 (Pond 18, Eklund 8, McRae e Toivonen 3, Llewin 2, Wilson 1)
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