(...) "Em janeiro de 1977, [Thierry] Sabine decide participar no Rally Abidjan-Nice numa moto Yamaha XT500, na companhia de três amigos, Dominique Sauvêtre, Patrick Schaal e Uwe Ommer. As coisas correm sem problemas até que o rali entre no deserto do Sahara, numa zona no sudoeste da Libia. Sabine fica sem gasolina na sua moto e decide caminhar em busca de assistência durante três dias, debaixo de um calor intenso, com mais de 45 graus de temperatura. Quando estava prestes a desistir, um avião aparece e acaba por salvá-lo. O avião tinha aparecido por acaso, pois a organização já o tinha dado como perdido. Após ter encontrado, o piloto lhe disse: “Meu amigo, depois disto, tudo o que você viver será lucro”. Depois de ser assistido, regressa à França, onde a imprensa lhe dá destaque por causa da aventura que tinha vivido."
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"Tudo ficou pronto para a partida da primeira edição, na véspera de ano Novo de 1979. O rali começava em Paris, e a caravana ia até Sête, onde embarcariam um ferry-boat rumo a Argel, a capital da Argélia, e atravessavam o deserto do Sahara até atravessarem a fronteira do Nigel, o Mali (com um dia de repouso em Gao) para por fim, chegarem ao seu destino, o Senegal. 140 concorrentes aparecem no rali, e o vencedor é Alain Genestier, em carros, e Cyril Neveu, em motos. O rali se torna num sucesso, e Sabine, questionado sobre o que deveria ser este rali, responde “Um desafio para os que partem, um sonho para os que ficam”. Tornou-se no lema do rali para os anos seguintes, que cedo começa a mostrar a sua periculosidade, com a primeira morte a ocorrer na primeira edição, um motard francês, de seu nome Patrick Dodin, que é projetado quando tentava ajeitar o seu capacete."
"Quando o Dakar entra na sua sétima edição em 1986, já era uma prova incontornável no automobilismo. Entre carros, motos e camiões, nesse ano, estavam inscritos 486 veículos, e marcas oficiais como Porsche e Mercedes fazem parte do rali, entre as dezenas de pilotos amadores e entusiastas, vindos um pouco por todo o mundo."
"E também se sabia que era um rali perigoso, pois todos os anos morria sempre alguém normalmente motards, que caíam a alta velocidade nas classificativas do deserto, mas também havia espectadores atropelados pelos carros em alta velocidade. E o rali, que começara em Paris no 1º de janeiro, começava mal quando na madrugada do dia 2, nos arredores de Sête, o motard japonês Yazko Kaneko é mortalmente atropelado por um condutor em sentido contrário. Veio-se a saber depois que esse condutor estava alcoolizado."
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"Para Sabine, agora com 36 anos, os acidentes fazem parte do espetáculo, e o que interessa é fazer que tudo corra sobre rodas. Numa roda-viva entre as diversas autoridades, e verificar o estado dos pilotos, entre outros, Sabine desloca-se num helicóptero Ecreuil, sempre disponível para as suas deslocações." (...)
No próximo dia 14 de janeiro, numa altura em que o Rali Dakar estará a acabar em terras argentinas, passarão 30 anos sobre o acidente mortal de Thierry Sabine, que ocorreu na zona de Gourma-Rhaous, no Mali, quando o seu helicópetro tinha batido contra uma duna no final desse dia e no meio de uma tempestade. Para além de Sabine e do seu piloto, iam também o cantor Daniel Balavoine e os jornalistas Nathalie Odent e Jean-Paul Le Fur, e todos tiveram morte imediata.
Trinta anos depois, o legado de Sabine continua forte, mas noutro continente. E mesmo em África, provas como o Africa Race continuam a existir, palco de muitos entusiastas, que pretendem correr nas areias do deserto do Sahara, passando por condições extremas, só para viver a aventura. Tudo isto e muito mais pode ser lido este mês no site Nobres do Grid.
Trinta anos depois, o legado de Sabine continua forte, mas noutro continente. E mesmo em África, provas como o Africa Race continuam a existir, palco de muitos entusiastas, que pretendem correr nas areias do deserto do Sahara, passando por condições extremas, só para viver a aventura. Tudo isto e muito mais pode ser lido este mês no site Nobres do Grid.
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