Estas são as palavras de Sabine Kehm esta segunda-feira, quando visitava uma exposição de homenagem a Michael Schumacher na cidade alemã de Marburg. A assessora de imprensa do antigo piloto alemão disse nas entrelinhas aquilo que muitos temiam: as suas lesões foram de tal forma extensas que qualquer chance de uma dramática melhoria praticamente não existe.
Era algo expectável. Aliás, eu apontei logo isso no inicio de 2014 e na altura, muitos atacaram-me que nem cães, sem dó nem piedade. Na realidade, tinha fontes bem informadas que disseram logo isso. E claro, o tempo encarregou-se de confirmar esses receios. Para além disso, há cerca de dez dias, Luca de Montezemolo, o antigo presidente da Ferrari, afirmou o mesma coisa, que tinha recebido noticias sobre ele, e que não eram boas. Na altura, confesso que receei uma morte iminente (lembro-me que o pai do Jules Bianchi disse algo semelhante três dias antes de ele morrer), mas creio que, depois deste tempo todo, tinha sido uma espécie de conformismo sobre o seu estado de saúde.
Então... e agora? Agora que sabemos que ele vai passar o resto dos seus dias como um vegetal, caminhando para o seu fim inevitável? Poderá demorar semanas, meses ou anos, mas terá um fim, sem que ele se recobra totalmente? O que iremos fazer?
Bom, creio que refletir sobre o seu legado seria um bom ponto de partida, e de uma certa maneira, entender que toda esta privacidade até pode ser boa para a nossa memória que temos sobre ele. Recordar as coisas boas e não pensar nas más. Não haver uma foto dele na cama, em coma, até pode ajudar na nossa psique, digamos assim. Focaremos nos seus momentos de triunfo, e nada mais.
Creio que não há mais nada a dizer. Quando tal acontecer, voltaremos a falar, para fazer o devido balanço.
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