O McLaren MP4-31 será mostrado dentro em breve (21 de fevereiro) e irá dar as suas primeiras voltas no teste geral, em Barcelona, na semana que vêm. Contudo, há pessoal que tenta antecipar ao que vêm, especialmente quando se ouve os rumores de que boa parte da concorrência está observando atentamente o que a Honda está a fazer nas suas oficinas em relação ao seu novo motor, depois de um ano desastroso como foi a temporada de 2015.
Segundo contava ontem o jornal espanhol Marca, aparentemente, o motor teve um grande aumento de potência, o que poderá dar mais esperança aos pilotos da marca, Fernando Alonso e Jenson Button, mas esse aumento de potência poderá ter acontecido à custa da resistência de outras áreas criticas do motor, que parece sobreaquecer mais facilmente do que o anterior.
"Sem uma mudança na estrutura do motor de Honda, relativamente ao local onde está o turbo e compressor, que está montado no interior do cilindro em V, é muito difícil conseguir a fiabilidade desejada, bem como a sua competição. O calor do motor de combustão, bem como os seus cilindros, os problemas de vibração adicionais serão difíceis de tratar", comentou uma fonte proveniente da marca. Fala-se que é provável que os embaraços do ano anterior podem continuar, mas os desempenhos serão bem mais decentes.
Entretanto, o diretor da Honda, Yasuhisa Arai, reconheceu que ainda existem problemas pendentes: "Ainda não podemos dizer que temos encontrado soluções para os nossos problemas", comentou.
E isso dá azo a especulações, como por exemplo, de que os carros estariam em Barcelona com os motores de 2015. A marca japonesa já veio a público para desmentir essa informação, através de um porta-voz: "Nós não sabemos exatamente onde estamos [em relação à concorrência] até que terminem os oito dias de testes em Barcelona, e até lá não vamos ter qualquer informação fiável. Nós estamos ansiosos por rolar na pista", comentou.
É certo que Fernando Alonso está a acompanhar a evolução do motor com atenção, recebendo regularmente os registos captados pelo dinamómetro da marca. Resta saber se isso incomodará o suficiente para que se tema outra temporada embaraçosa para a dupla Honda-McLaren. E que isso signifique o ponto de rutura em algum dos lados.
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