É mais do que certo que a ideia de carros com outras formas de propulsão ganharam relevância nos últimos anos devido ao facto de se andar à procura de uma alternativa viável aos carros de combustão a gasolina. E para além da electricidade, o hidrogénio é uma delas. Esta quinta-feira, a Froze Hydrogen Racing Team mostrou um carro de LMP3 que pretendem construir, em parceria com a Universidade Técnica de Delft, na Holanda. O objetivo? Se for possível, entrar nas 24 Horas de Le Mans.
O pessoal da Universidade está envolvido neste projeto desde 2007 e ao longo dos anos, tem construido protótipos que tem vindo a testar - e a fazer cair recordes - em pistas como o Nurburgring Nordschleife e Zandvoort, sempre guiados pelo veterano Jan Lammers. O novo prótótipo tem um chassis ADESS-03 LMP3, terá um sistema híbrido com um "fuel cell" de 100 kw, mais motores elétricos que consomem 200 kw. A velocidade máxima será de 210 km/hora, e poderá passar de 100 km/hora para zero em menos de quatro segundos.
O carro estará pronto para testes em abril e eles esperam colocá-lo em competição em agosto, na ronda de Assen do Dutch Supercar Challenge, com Jan Bot e Leo van der Eijk ao volante.
"Vamos tomar parte na divisão Sport do Dutch Supercar Challenge, durante o evento Gamma Day Racing, em agosto, no Circuito TT Assen", disse Rick Everaert, o diretor da Forze Delft Team à Motorsport.com.
"O nosso objetivo é vencer nesta divisão e se o fizermos, seria a primeira equipa que competiu com uma célula de combustivel de hidrogénio contra os carros movidos a gasolina. Queremos mostrar ao mundo que esta tecnologia vale a pena e que é possível correr com ele."
Por agora, o objetivo é correr nessa cometição, mas eles no futuro gostariam de entrar nas 24 Horas de Le Mans. "A organização da Dutch Supercar Challenge foi muito generosa em nos dar a oportunidade para otimizar nossos sistemas nas próximas temporadas", começou por dizer Everaert.
"Contudo, em algum momento do futuro, gostariamos que a equipa particpasse nas 24 Horas de Le Mans. Seria um sonho, porque a tecnologia seria ideal para isso. Se você pode reabastecer suficientemente rápido e dirigir longos "stints", então seria uma excelente participação. Mas precisamos de fazer mais algum trabalho de desenvolvimento. E se você olhar para o entusiasmo da equipa, então eu sei que vai tudo correr bem", concluiu.
Paulo, parabéns pelo teu blog que sigo atentamente pelo G+.
ResponderEliminarEm relação a esta noticia fiquei um pouco "apreensivo" pois algumas frases estão um pouco "confusas" e gostava que esta tecnologia estivesse já desmistificada principalmente num blog especializado em desporto automóvel.
Exemplo: "...alternativa viável aos carros de combustão a gasolina. E para além da electricidade, o hidrogénio é uma delas..." e "...terá um sistema híbrido com um "fuel cell" de 100 kw, mais motores eléctrico que consomem 200 kw....".
Em relação à 1ª, só o motor eléctrico é alternativa viável (de momento) ao motor de combustão pois na realidade, o hidrogénio é usado pela "fuel cell" para criar energia eléctrica que o motor eléctrico irá consumir.
Em relação à 2ª, o termo "híbrido" está normalmente associado a sistemas com motor de combustão e motor auxiliar eléctrico que neste caso não acontece pois o sistema é totalmente eléctrico. Na prática, os sistemas eléctricos com "fuel cell" usam baterias como "buffer" da electricidade e por isso este motor eléctrico pode gerar até 200KW embora a "fuel cell" só forneça 100KW.
De qualquer forma é um artigo bastante interessante pois poderá estar aqui uma possível solução para o problema evidente da gestão da energia eléctrica para competição automobilística.
Mais uma vez parabéns pelo teu blog e pelo conteúdo que forneces.