Na minha infância, ainda vivi os últimos tempos da Guerra Fria, logo, existiam os países ditos "do Bloco Leste", liderados pela União Soviética. E havia sempre dois dias do ano em que veríamos imagens da Praça Vermelha: a 1 de maio (como este na foto), o Dia do Trabalhador, e o 7 de novembro, data da revolução bolchevique. E nesse inicio da década de 80, ver tanques, mísseis, e outras armas a passear pelo sitio, para assustar os incautos e pensar que um dia, tudo seria devastado por um conflito nuclear. Especialmente para quem tinha sete ou oito anos e Mikhail Gorbachov era ainda um obscuro funcionário do Politburo do Partido Comunista da União Soviética...
Hoje em dia, a Guerra Fria acabou, a União Soviética não existe mais, mas os tiques imperiais lá estão. Vladimir Putin e o líder da "mãe Rússia" e pretende lá ficar enquanto viver. E para mostrar essa "nova Rússia", nada como organizar os Jogos Olímpicos de Inverno num sitio subtropical (mas com montanhas brancas) e do parque olímpico, fazer um circuito à sua volta. Mesmo assim, teve mais cabeça do que os que andam a construir o Parque Olímpico do Rio de Janeiro...
A corrida desta tarde teve interesse, apesar do resultado previsível. Ver Nico Rosberg pela sétima vez consecutiva no lugar mais alto do pódio (quarta vez consecutiva nesta temporada) poderá ser um sinal de que está num pico de forma muito bom e aproveita os azares do seu companheiro de equipa e principal adversário, Lewis Hamilton. Mas este recuperou o suficiente para chegar ao segundo posto e minorar os prejuízos. Ja Kimi Raikkonen foi o "melhor do resto" e ainda por cima, chegou ao pódio numa das pátrias da vodka, portanto, nem tudo era mau...
O grande momento foi a partida, não tanto pelo que aconteceu pela frente, mas o que de mau aconteceu por trás. Sebastian Vettel foi a maior vitima, quando o local Daniil Kvyat tocou nele, não uma... mas duas vezes na sua traseira, obrigando-o a bater no muro de proteção e acabar a corrida por ali. Vettel, que ainda tem assuntos por resolver com o russo desde a corrida anterior, na China, não deixou os "créditos" por mãos alheias e foi às boxes da sua antiga equipa para que colocassem em sentido os seus excessos.
Pelo caminho, houve mais algumas desistências - desta vez, nem todos chegaram ao fim - sendo o mais relevante foi o de Max Verstappen. Aliás, para a Red Bull, foi um fim de semana infernal: nenhum dos seus carros pontuou, quer nos "séniores", quer os "juniores", já que Carlos Sainz Jr. sofreu uma penalização e ficou fora dos pontos.
O resto da corrida não foi mais do que uma procissão com pneus que duravam um pouco mais do que o habitual. Mas as estratégias nesse sentido até deram alguns bons resultados, pois houve uma altura da corrida onde a partir do quinto classificado, houve uma espécie de "bodo aos pobres", beneficiando por exemplo, o Renault de Kevin Magnussen, o Haas de Romain Grosjean e sobretudo, o McLaren de Fernando Alonso, que de 13º na grelha, acabou a corrida na sexta posição, o seu melhor lugar desde o GP da Hungria do ano passado. E para melhorar as coisas, Jenson Button fechou os pontos e fez com que a McLaren passasse a deter algo único: já usou os seus três pilotos e todos eles já pontuaram!
Na parte final da corrida, titio Vladimir fez a sua aparição e a realização televisiva daquele circuito lá fez um passagem pela tribuna VIP para o ver ao lado de Bernie Ecclestone... e fez recordar a minha infância. Só que em vez dos tanques, os carros de Formula 1. Só faltava parar a corrida e os espectadores ficarem todos de pé enquanto soavam os acordes do hino soviético... ´que é o mesmo do hino russo! Há coisas que nunca mudam.
Agora, a Formula 1 regressa ao seu berço europeu, começando pela Catalunha, e lá ficará (tirando a ida ao Canadá) até ao inicio de setembro.
A corrida desta tarde teve interesse, apesar do resultado previsível. Ver Nico Rosberg pela sétima vez consecutiva no lugar mais alto do pódio (quarta vez consecutiva nesta temporada) poderá ser um sinal de que está num pico de forma muito bom e aproveita os azares do seu companheiro de equipa e principal adversário, Lewis Hamilton. Mas este recuperou o suficiente para chegar ao segundo posto e minorar os prejuízos. Ja Kimi Raikkonen foi o "melhor do resto" e ainda por cima, chegou ao pódio numa das pátrias da vodka, portanto, nem tudo era mau...
O grande momento foi a partida, não tanto pelo que aconteceu pela frente, mas o que de mau aconteceu por trás. Sebastian Vettel foi a maior vitima, quando o local Daniil Kvyat tocou nele, não uma... mas duas vezes na sua traseira, obrigando-o a bater no muro de proteção e acabar a corrida por ali. Vettel, que ainda tem assuntos por resolver com o russo desde a corrida anterior, na China, não deixou os "créditos" por mãos alheias e foi às boxes da sua antiga equipa para que colocassem em sentido os seus excessos.
Pelo caminho, houve mais algumas desistências - desta vez, nem todos chegaram ao fim - sendo o mais relevante foi o de Max Verstappen. Aliás, para a Red Bull, foi um fim de semana infernal: nenhum dos seus carros pontuou, quer nos "séniores", quer os "juniores", já que Carlos Sainz Jr. sofreu uma penalização e ficou fora dos pontos.
O resto da corrida não foi mais do que uma procissão com pneus que duravam um pouco mais do que o habitual. Mas as estratégias nesse sentido até deram alguns bons resultados, pois houve uma altura da corrida onde a partir do quinto classificado, houve uma espécie de "bodo aos pobres", beneficiando por exemplo, o Renault de Kevin Magnussen, o Haas de Romain Grosjean e sobretudo, o McLaren de Fernando Alonso, que de 13º na grelha, acabou a corrida na sexta posição, o seu melhor lugar desde o GP da Hungria do ano passado. E para melhorar as coisas, Jenson Button fechou os pontos e fez com que a McLaren passasse a deter algo único: já usou os seus três pilotos e todos eles já pontuaram!
Na parte final da corrida, titio Vladimir fez a sua aparição e a realização televisiva daquele circuito lá fez um passagem pela tribuna VIP para o ver ao lado de Bernie Ecclestone... e fez recordar a minha infância. Só que em vez dos tanques, os carros de Formula 1. Só faltava parar a corrida e os espectadores ficarem todos de pé enquanto soavam os acordes do hino soviético... ´que é o mesmo do hino russo! Há coisas que nunca mudam.
Agora, a Formula 1 regressa ao seu berço europeu, começando pela Catalunha, e lá ficará (tirando a ida ao Canadá) até ao inicio de setembro.
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