Todos eles têm algo em comum: foram campeões do mundo. Mas apesar das vitórias e dos títulos conquistados em outras partes do globo, e até noutras categorias, eles nunca alcançaram o lugar mais alto do pódio numa das provas mais famosas do calendário: o GP do Mónaco. Alguns, por manifesto azar, outros, porque nunca olharam para esta corrida com a importância devido, como irão ver num dos exemplos abaixo demonstrados.
Numa matéria dividida em duas partes, falarei de oito campeões do mundo que viram os outros no lugar mais alto do pódio.
Numa matéria dividida em duas partes, falarei de oito campeões do mundo que viram os outros no lugar mais alto do pódio.
Campeão do mundo em 1952 e 1953, Ascari tem como justificação o facto de só ter participado nas edições de 1950 e 1955. Na primeira participação, foi segundo classificado, na frente de Juan Manuel Fangio, que aqui venceu a sua primeira corrida no novo campeonato de Formula 1, numa prova onde dez carros foram eliminados na curva Tabac, devido ao piso escorregadio nessa área.
Em 1955, Ascari corria com o seu Lancia, e partia na mesma posição da grelha que cinco anos, o segundo posto. Contudo, a sua corrida acabou na 80ª volta, quando se despistou e caiu nas águas do porto, sendo recolhido ileso pelos mergulhadores, pouco pouco mais do que um nariz partido. Infelizmente, quatro dias depois, em Monza, sofreu um acidente mortal quando testava um Ferrari de Sport, no lugar de Eugenio Castelotti.
Em 1955, Ascari corria com o seu Lancia, e partia na mesma posição da grelha que cinco anos, o segundo posto. Contudo, a sua corrida acabou na 80ª volta, quando se despistou e caiu nas águas do porto, sendo recolhido ileso pelos mergulhadores, pouco pouco mais do que um nariz partido. Infelizmente, quatro dias depois, em Monza, sofreu um acidente mortal quando testava um Ferrari de Sport, no lugar de Eugenio Castelotti.
Jim Clark nunca se importou muito com Mónaco, pois muitas das vezes, calhava no fim de semana das 500 Milhas de Indianápolis, e por vezes não ia participar nas ruas do Principado, a favor dos milhões do Brickyard. Foi assim em 1965, no ano em que ganhou tudo na Formula 1: não participou na corrida de Monte Carlo, para ir vencer nas 500 Milhas com o seu Lotus modelo 38.
O seu melhor lugar em todas as participações, foi um quarto posto na edição de 1964, embora esteve quase a ganhar no ano anterior, acabando por desistir na 83ª volta devido a uma fuga de óleo. Nos outros anos, as suas participações acabam em desistência.
O seu melhor lugar em todas as participações, foi um quarto posto na edição de 1964, embora esteve quase a ganhar no ano anterior, acabando por desistir na 83ª volta devido a uma fuga de óleo. Nos outros anos, as suas participações acabam em desistência.
3 - Emerson Fittipaldi
Bi-campeão do mundo em 1972 e 1974, e o homem que abriu o Brasil ao automobilismo mundial, para não falar das duas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, Emerson Fittipaldi, contudo, nunca subiu ao lugar mais alto do pódio nas dez temporadas em que participou no GP do Mónaco, entre 1971 e 1980.
Fittipaldi começou a sua participação nas ruas monegascas com pódios nas edições de 1972 (terceiro, depois de fazer a pole-position), 1973 (segundo, atrás de Jackie Stewart) e 1975 (segundo, atrás de Niki Lauda). Contudo, em 1976, ele passou para a sua própria equipa, a Copersucar, e os resultados foram mais espaçados, apesar de ter conseguido dois sextos lugares em 1976 e 1980. Aliás, foi no Mónaco onde o piloto brasileiro pontuou pela última vez na sua carreira.
O campeão do mundo de 1976 começou e acabou a sua carreira nas ruas monegascas, entre 1973 e 1979. Contudo, nunca ganhou ali. Aliás, tem a particularidade de ser o único campeão do mundo que nunca terminou nenuma das corridas que fez no Mónaco!
Aliás, talvez a única vez em que esteve mais perto de terminar foi precisamente na sua primeira corrida, em 1973, a bordo do seu March, inscrito pela Hesketh Racing. Hunt estava a fazer uma corrida sem excessos e rodando no sexto posto quando o seu motor cedeu, a três voltas do final, mas a ficar classificado na nona posição da geral. A sua última corrida na Formula 1 foi exatamente no Mónaco, em 1979, ao volante do seu Wolf.
Aliás, talvez a única vez em que esteve mais perto de terminar foi precisamente na sua primeira corrida, em 1973, a bordo do seu March, inscrito pela Hesketh Racing. Hunt estava a fazer uma corrida sem excessos e rodando no sexto posto quando o seu motor cedeu, a três voltas do final, mas a ficar classificado na nona posição da geral. A sua última corrida na Formula 1 foi exatamente no Mónaco, em 1979, ao volante do seu Wolf.
(continua amanhã)
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