Há cerca de três meses, em Melbourne, Fernando Alonso teve um dos piores acidentes da sua carreira, ao embater fortemente no muro depois de ter capotado na gravilha. Embora aparentemente, o piloto espanhol da McLaren tenha saído dali relativamente incólume, ele acabou por depois deterarem-lhe fissuras nas costelas e um pulmão perfurado, que o impediram de correr no Bahrein, sendo substituido por Stoffel Vandoorne.
Esta quarta-feira, a FIA divulgou o relatório final sobre o seu acidente e o impacto que ele sofreu no embate no muro foi impressionante: 46 G's! Tudo isto a partir de um choque inicial com o carro de Esteban Gutierrez, a 305 km/hora. "A partir de um impacto inicial de 305km/hora, o carro de Alonso foi capaz de gerir três desacelerações, uma delas no ar, sem grande prejuízo para o piloto, principalmente devido a uma variedade de sistemas de segurança existentes no carro, um bom desempenho para a sua finalidade projetada", concluiu.
Laurent Mekies, gerente do FIA Global Institute, afirmou que as lições tiradas do acidente do Alonso - especialmente as imagens de vídeo - contribuirão para haja uma melhor segurança no futuro.
"O que queríamos entender era a dinâmica exata da cabeça, pescoço e ombros num acidente como este e como eles interagem com as outras partes do cockpit - os preenchimentos, o HANS, os cintos e qualquer outra coisa que pode estar dentro do cockpit", começou por dizer.
"Estas câmaras permitem-nos compreender melhor as forças exercidas sobre a cabeça em determinados deslocamentos, o alongamento do pescoço, como ele interage com os apoios de cabeça, como os encostos de cabeça se mexem e o que precisamos fazer para produzir o cockpit da próxima geração. "
Mekies deu a entender que a existência de mais câmeras para monitorizar os pilotos no futuro, bem como a possibilidade de usaram melhor os dados biométricos. "Você poderia imaginar amanhã um milhão de coisas - você poderia imaginar tentar estimar as cargas sobre a parte superior do corpo dos pilotos através dos cintos de segurança, por exemplo. É um campo de pesquisa que nunca vai parar, tanto como a pesquisa por mais segurança nunca irá parar, pois vamos continuar a empurrar os limites para ganhar uma compreensão mais profunda", concluiu.
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