Três vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, e piloto de longa data da Audi, o alemão Andre Lotterer, de 34 anos, deu uma opinião sobre a Formula E numa longa entrevista, afirmando que por agora, a competição de carros elétricos é mais uma filosofia e tem mais de politico do que competitivo, afirmando também que apesar de estar presente nos centros das cidades um pouco por todo o mundo, não tem muita divulgação. E deu como exemplo a sua visita a Londres, onde assistiu à ultima corrida da temporada passada, a convite da sua marca.
“Não foi muito impressionante ver os carros a passar por nós, mas já sabia disso. Já as disputas entre os pilotos nas corridas não foram assim tão más, honestamente. Era uma pista apertada e houve muitos incidentes. Mas fiquei surpreendido por ter decorrido em Londres e não ter visto publicidade sobre a corrida. Os dois condutores da Uber que me levaram até lá não sabiam o que se estava a passar. Fiquei surpreendido. Pensava que haveria mais entusiasmo. E não vi muitos espectadores”, começou por contar, em declarações captadas pela Autosport portuguesa.
Lotterer contou também que não se mostra entusiasmado com a competição, que acha ser mais uma filosofia do que uma competição pura e dura, mas que reconhecia que na próxima década, iria crescer mais do que está agora, devido à maior procura - e oferta - por carros elétricos mo mercado.
“Se olhares para o futuro, penso que os fabricantes de automóveis vão necessitar de uma competição assim – infelizmente, já que eu prefiro conduzir híbridos no WEC, que nos permitem o melhor de dois mundos. Mas acredito que um dia os construtores terão de fazer essa aposta para justificar os seus orçamentos no desporto motorizado. A Fórmula E ganhou o meu interesse, mais do ponto de vista político do que desportivo, e se as coisas melhorarem talvez gostasse de fazer parte dela no futuro. Mas é um pouco cedo.”
E conduzir um desses carros? Lotterer revela pouco entusiasmo. "O problema não é a condução, é mais fazeres parte das corridas do futuro. Não penso que os carros sejam entusiasmantes. Não é um desporto – antes algo político, e se queres estar envolvido nesse sentido. Não podes comparar o campeonato com outras formas de corrida. É uma filosofia”.
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