Malcom Wilson queixa-se que o resultado do referendo do "Brexit", que aconteceu há quase dois meses, lhe prejudicou os seus negócios. O dono da M-Sport, que prepara os Ford Fiesta para o WRC, afirma que os custos das peças aumentaram muito desde que os britânicos aceitaram sair da União Europeia e isso faz aumentar os preços de venda dos seus carros. Entrevistado por Martin Holmes para a Autosport portuguesa em Trier, antes de começar o Rali da Alemanha, o ex-piloto comentou sobre o referendo do passado dia 23 de junho da seguinte forma:
“Ainda é muito cedo mas o que vos posso dizer é que se o valor da libra continuar a descer face ao euro isso tem um impacto significativo", coneçou por dizer. "Como podem calcular, muitas das peças dos carros que construímos, uma grande percentagem delas, são fabricadas na Europa fora do Reino Unido. Por exemplo, um apoio da suspensão custa agora mais 218 libras do que custava antes do Brexit, o que significa um incremento de 15-16%, o que é uma grande percentagem, e nós trabalhamos com margens bem mais baixas. E é só uma peça. A libra desvalorizou 15-16% e quando compramos fora isso afeta muito", contiunuou.
"Gostaríamos de obter mais componentes na Grã-Bretanha mas a maior parte dos materiais em bruto vêm da Europa. Portanto, seja qual for a forma como olhamos para esta questão, falamos de mais 15-16% de custos portanto não estamos a ir numa boa direção. Para além disso, esperávamos que a desvalorização da libra tornasse mais atrativo comprar carros no Reino Unido, mas para ser honesto não é isso que está a acontecer, pelo menos duma forma que permita absorver os custos extra”, concluiu.
O rali da Alemanha começou esta tarde, com o "shakedown".
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