Há precisamente 45 anos, em Monza, acontecia uma das chegadas mais épicas da Formula 1, onde cinco carros chegaram com menos de meio segundo entre si. E onde o vencedor foi um dos mais imprevisíveis, de uma corrida absolutamente imprevisível.
Mas o que poucos sabem é que independentemente do resultado dos seus primeiros, todos iriam estrear-se na galeria dos vencedores. Naquele 5 de setembro de 1971, nem Ronnie Peterson, nem Peter Gethin, nem Francois Cevért, nem Mike Hailwood ou Howden Ganley tinham ganho corridas na categoria principal do automobilismo. E o poleman, Chris Amon, também não tinha ganho qualquer corrida. Isso é só para ver até que ponto é que isto estava naquela tarde de setembro.
No fim, o vencedor foi o BRM de Gethin, que tinha sido despedido da McLaren no meio do ano para ficar com o lugar de Pedro Rodriguez, morto quase dois meses antes. E o mais interessante de tudo é que aquela foi a única vitória de Gethin na Formula 1, o seu grande momento de gloria na categoria máxima do automobilismo. Correria até 1974, mas não mais teria uma chance como aquela.
Outros tiveram-na, como Ronnie Peterson e Francois Cevért, que fizeram parte dos anos 70 automobilisticos. Ganharam corridas no futuro, e mesmo Hailwood, um vencedor nas motos, teve uma carreira interessante nos automóveis.
E quase todos os que correram ali, nesse dia, e que fazem parte desta foto, tiveram destinos trágicos. Dali a dez anos, Hailwood, Cevért e Peterson estarão mortos, vitimas de acidentes. Gethin, o vencedor, morreu em 2011, vitima de cancro, e Amon, o poleman, morreu este mês de agosto. Resta Ganley, que agora tem 72 anos de idade. As testemunhas dessa tarde de setembro vão se embora...
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