Em 2017, Lance Stroll será piloto de Formula 1 ao serviço da Williams. Embora este não seja o anuncio oficial, eu posso dizer com enorme segurança que isso vai acontecer, provavelmente no final do ano. Não falo só no talento do piloto canadiano, atual líder da Formula 3 europeia, mas também nas fortunas que o seu pai, Lawrence, tem para poder financiar a carreira do filho. Ele que anda de kart desde os dez anos e em monolugares desde o final de 2014, quando tinha já 16 anos de idade.
Quando no final de outubro, Lance fizer 18 anos, terá provavelmente o título europeu de Formula 3, mas também os pontos necessários para obter a super-licença, agora com as novas regras impostas pela FIA, para evitar fenómenos como Max Verstappen. Mas o mais interessante no meio disto tudo nem é o que pode ser oficial, mas o que há nas entrelinhas. Ao ler hoje o Joe Saward, ele afirma que a Williams recebeu recentemente uma injeção de capital de cerca de 20 milhões de dólares, para ficar com uma parte minoritária da equipa. Essa parte pertencia antes da Toto Wolff - foi por isso que conseguiram motores Mercedes quase ao preço da chuva - mas agora, nas mãos de Stroll pai, poderá dar ao seu filho a oportunidade que desejava.
E ele já se prepara para a nova aventura. Desde há algumas semanas que um carro de 2014 anda a rodar em alguns dos circuitos europeus, primeiro no Hungaroring, e agora, no Red Bull Ring. O carro é preparado por Gary Paffett, e o objetivo é ele ter cerca de dez mil quilómetros de rodagem num carro desses, principalmente em circuitos que ainda não conhece, o que é uma coisa impressionante, numa altura em que o papel do piloto de testes, num carro real, é inexistente...
Com tudo isto nas mãos, é uma questão de tempos até que o anuncio oficial seja feito. Provavelmente em Abu Dhabi, pois a corrida acontecerá já em novembro, quando o piloto tiver alcançado a maioridade...
Agora, que tipo de piloto ele será? Talento, já sabemos que tem, basta ver o que anda a fazer na Formula 3 europeia este ano. Mas será um Max Verstappen, ou seja, com material para ser campeão do mundo? E resistirá às pressões de um mundo bem duro, do qual os mais fracos serão destruídos sem dó nem piedade? Uma coisa é certa, o Canadá tem um excelente piloto em mãos, do calibre dos Villeneuve ou o Greg Moore, na CART...
Certamente que os vinte milhões que o Stroll pai está a gastar vão ser um excelente investimento.
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