sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O terceiro tipo de proteção

Enquanto se fala sobre os dois tipos de proteção para a Formula 1 - Halo ou Aeroscreen - do qual as equipas decidiram adiar o problema para 2018, houve outros que tentaram construir ou inventar novos sistemas de segurança para os carros de Formula 1 e os seus pilotos. 

E um deles emergiu ontem no site motorsport.com, onde o engenheiro argentino Enrique Scalabroni tentou construir um sistema mais prático dse segurança contra objetos, semelhante aos "canopys" existentes nos aviões. Batizado de "Active Windscreen", a ideia é de proteger o piloto em caso de impacto com pequenos objetos ou pneus, como aconteceu com Felipe Massa e Henry Surtees, em 2009, e poderá ser uma alternativa, depois do aeroscreen não ter passado nos testes de impacto da FIA, e as equipas estarem resistentes à ideia do "halo".

Explicando a teoria ao site, Scalabroni afirmou: "[O sistema] consiste em dois elementos separados - o primeiro é um pára-brisas ativo e o segundo é uma cobertura móvel acima da cabeça do piloto. O pára-brisas activo está oculto na parte superior do chassis, à frente do condutor. É feito de material de alta resistência ao impacto e não tem quaisquer curvas nele de modo a não prejudicar a visibilidade. O pára-brisas pode aparecer e desviar detritos graças a dois atuadores instalados no carro."

Scalabroni afirma que esse para-brisas seria retirado através de duas formas: pelo próprio piloto, de forma manual, ou então através de sensores no carro. 

"Existiria um botão colocado no volante, que poderia ser accionado pelo piloto em caso de acidente", disse ele. "Mas também existiriam alguns sensores que detectarim resíduos e criar uma espécie de câmara 3D. Este é o tipo de tecnologia utilizada na indústria aeroespacial. A proteção pode se ativar em apenas 2 milésimos de segundo, e o pára-brisas também poderia retornar à sua posição original se o piloto se envolvesse num incidente, mas não existissem danos e ele pudesse continuar", concluiu.

A chance da "capota" seria feita de forma a ricochetear os destroços que iriam contra o piloto, e poderia ser retirada quer de forma manual, quer de forma automática.

"A capota abriria lateralmente com um botão que poderia ser operado pelo piloto ou pelos fiscais de pista", explicou Scalabroni. "Uma barra de torque simples gira a proteção - liberando o piloto que teria, então, a mesma capacidade de entrar e sair do cockpit como agora."

O grande problema seria ter fundos para experimentar esta tecnologia. Scalabroni andou a mostrar o projeto a Christian Horner, durante o fim de semana de Monza, bem como Charlie Whitting, da FIA. Whitting expressou o seu cepticismo sobre o projeto, bem como Horner, cujo sistema construido pela Red Bull, o Aeroscreen, foi chumbado nos testes de impacto da FIA.

"Apresentei o projeto para Charlie Whiting, mas nada aconteceu. Eu estou disposto a deixar o projeto com a FIA, porque não tenho os recursos para fazer o teste" explicou.

"Eu também pedi a ajuda de Christian Horner, que me disse que o conceito apareceu interessante - mas ele não está disposto a investir dinheiro no projeto, se a FIA não está disposta a apoiar, depois da rejeição do Aeroscreen."

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