O funeral de um herói. Mais de 50 mil pessoas saíram à rua em Friburgo, na Suíça, para se despedir de Jo Siffert, morto faz hoje 45 anos, durante o Victory Race, em Brands Hatch. Um condutor anda lentamente a bordo do Porsche 917 pintado com as cores da John Wyer, que o piloto usou desde 1969 e 1971, e ajudou a marca alemã a ser campeã na Endurance.
Aos 35 anos de idade, Siffert tinha tido uma excelente temporada. Vencera na Áustria, fora segundo em Watkins Glen, atrás do vencedor, Francois Cevért, acabando a temporada com 19 pontos e o quinto lugar, a bordo de um BRM. Na Endurance, tinha ajudado a vencer o campeonato para a marca alemã.
O ano iria acabar com uma corrida extra-campeonato, que deveria ser o GP do México. Contudo - grande ironia - a corrida fora cancelada com a morte do seu piloto, Pedro Rodriguez. Cujo companheiro de equipa na Porsche e na BRM era... Siffert.
Um toque entre ele e o March de Ronnie Peterson na primeira volta, danificou um braço da suspensão suficiente para que, na volta 14, perdesse o controlo do seu carro e ficasse debaixo dele, enquanto ele ardia. No final, descobriu-se que ele não morreu no impacto, mas sim sufocado pelo dióxido de carbono emanado pelos componentes tóxicos do seu carro. Uma forma inglória de morrer, sentida por todos nessa altura.
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