Nico Rosberg voltou a mostrar que está na mó de cima e parece estar tranquilamente a vencer a batalha pelo título mundial de 2016. É verdade que a diferença entre os dois foi muito curta - meros 13 centésimos, 82 centímetros em termos de comprimento... - mas o facto do alemão ter conseguido a sua oitava pole do ano, numa altura em que Lewis Hamilton queria reagir depois do que lhe aconteceu na Malásia, pode perturbar mais a ele do que se pensa. E com 23 pontos para recuperar, a "quatro corridas e meio" do fim, pode causar mais stress do que se pensa. Aliás, ele explodiu na conferência de imprensa pós qualificação, quando decidiu abandoná-lo a meio...
O dia da qualificação de Suzuka começou com chuva, mas o asfalto secou o suficiente para que eles tenham andado a qualificação com slicks o tempo todo. Contudo, o tempo estava nublado, e muitos aproveitaram para ir à pista e marcar tempo com os secos. Nico Rosberg marcou logo 1.31,858, enquanto que Hamilton fez 1.32,218, com a sua passagem a ser prejudicada por um Renault. Mas eles conseguiram marcar os tempos que precisavam para ir à segunda fase, algo do qual os Manor, os Sauber e - algo surpreendentemente - o McLaren-Honda de Jenson Button não conseguiram, por causa das expectativas que tinham para esta corrida "caseira". E Fernando Alonso não ficou muito longe desse cadafalso, mas ficou na 15ª posição. O elemento que faltava foi Kevin Magnussen, num dos Renault.
Para a segunda fase, os pilotos voltaram a sair cedo para a pista, pois o tempo não alterava, com o céu carregado de nuvens, ameaçando chuva. Os Mercedes saíram logo, com pneus moles, e Nico Rosberg marcou 1.30,714, contra os 1.31,219 de Lewis Hamilton, mais do que suficiente para entrarem na Q3. A seguir, Ferrari e Red Bull também fizeram tempos que os colocaram na fase final, com os pneus moles, mesmo que Sebastian Vettel tivesse de cumprir uma penalização de três lugares por causa do acidente que provocou na Malásia.
Com estes seis lugares já ocupados, faltavam quatro, e candidatos não faltavam, incluindo dois... surpreendentes. Os Haas de Esteban Gutierrez e Romain Grosjean conseguiam tempos atrás do Red Bull de Daniel Ricciardo, especialmente o mexicano, com o sétimo tempo. Romain Grosjean juntou-se a ele e os dois lugares que sobravam passaram a ser um duelo entre Force India e Williams. E se na Malásia, cada um ficou com um lugar, aqui em Suzuka, os "indianos de Silverstone" levaram em toda alinha, com Valtteri Bottas a ser o 11º, o lugar mais ingrato de todos.
A parte final começou com os Red Bull a saírem primeiro das boxes, com pneus moles calçados, seguidos pelos Mercedes e Ferrari. Hamilton aproveitou para marcar presença, com um tempo de 1.30,953, para ficar na frente da tabela de tempos. Rosberg respondeu, colocando o seu carro na frente, pelos tais treze centésimos que se referiu no primeiro parágrafo.
Com o monopólio da primeira fila resolvido a favor dos Flechas de Prata, a segundo deveria ser o mesmo dominio da Ferrari, mas por causa da penalização de Sebastian Vettel, caiu para o sétimo posto. E isso quebrou o monopólio da terceira fila, com os Red Bull a ficarem com o quinto e o sexto postos, com Max Verstappen a ser mais veloz - mas como foi no caso das Mercedes, pela margem minima - e no séxto posto, ficou o Force India de Sergio Perez. Romain Grosjean foi o oitavo, com Nico Hulkenberg e Sergio Perez a fecharem o "top ten", a primeira vez em que os dois carros da Haas entraram na Q3.
Amanhã, dia de corrida, para além de tudo o que está em jogo, temos ainda o fator do boletim meteorológico, para saber se ele vai interferir na luta pelo título mundial.
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