O WTCC está numa encruzilhada. Com a sua grelha a diminuir por causa da popularidade do TCR, o risco de desaparecer é bem real, logo, há que pensar no que fazer após 2017, e a ideia que circula nos últimos dias é o da adaptação dos regulamentos da Class One, a partir de 2018 ou 2019, regulamento esse que foi adoptado pelo DTM (na foto) e pelos GT japoneses. A noticia apareceu no inicio da semana na imprensa japonesa, que normalmente está bem informada sobre assuntos automobilísticos.
A ideia é usar carros com um monocoque e respectiva célula de segurança idêntico
para todos os carros, o maior número de componentes partilhados possivel, baixo
peso, aerodinâmica controlada e motores 2.0 turbo com cerca de 600 cv.
Dos construtores envolvidos atualmente no WTCC (Citroën, Volvo, Lada e Honda),
apenas a Honda tem um carro mais ou menos pronto para o
regulamento, mas é um GT e não um carro de turismo. E a marca japonesa ainda não disse se continua no WTCC após a temporada de 2017.
Como a Citroen vai voltar a investir a fundo no WRC, e a Lada pode pura e simplesmente retirar-se por não ter capacidade finaneira para desenvolver um conjunto desses, mais interessante será saber se a Volvo pretende seguir com estes novos regulamentos, pois só chegou à competição este ano e anda a desenvolver o S60 em 2017. É que num passado recente, o campeonato sueco de Turismos tinha silhuetas semelhantes ao DTM, mas em 2017, eles vão adotar os regulamentos do TCR, para tentar inverter a tendência de diminuição de grelha que se verifica atualmente. Pelo menos em termos de chassis, os suecos estão ali.
Mas também resta saber o preço do conjunto para ser vendido aos privados. A ideia de ter esses regulamentos da Class One era das marcas poderem fazer isso, no sentido de ter um Troféu de Independentes, e claro, encher a grelha desse tipo de carros. A BMW seria uma parte interessada, e a Honda beneficiaria disso também, mas tem de se ver que tipo de custos é que isso teria. A TCR atrai os privados com um custo bem competitivo - o conjunto chassis/motor tem um limite de cem mil euros por carro - e ter um custo semelhante deve ser o objetivo do WTCC para assim atrair mais gente.
Como é óbvio, nem a Eurosport Events, nem a FIA, querem falar muito sobre o assunto, mas que está a ser pensado, está.
Como é óbvio, nem a Eurosport Events, nem a FIA, querem falar muito sobre o assunto, mas que está a ser pensado, está.
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