Encerro o dia com uma imagem deste carro em testes, algures no verão deste ano.
Foi a noticia da semana: ao saber da decisão da Volkswagen de encerrar as suas operações no WRC, com efeito imediato, ver este carro rumar ao museu é, para mim, um mero desperdicio de dinheiro. Um insulto aos engenheiros, mecânicos e pilotos que perderam horas, dias e noites para melhorar e competir contra a concorrência, a partir do ano que vêm, que seria bem maior e competitiva, com a entrada da Toyota. Ter cinco marcas a lutar pela vitória teria sido fantástico para o WRC, ainda por cima com as noticias de que a Citroen teriam por fim, uma máquina para bater os Volkswagen em terra e no asfalto.
Foi a noticia da semana: ao saber da decisão da Volkswagen de encerrar as suas operações no WRC, com efeito imediato, ver este carro rumar ao museu é, para mim, um mero desperdicio de dinheiro. Um insulto aos engenheiros, mecânicos e pilotos que perderam horas, dias e noites para melhorar e competir contra a concorrência, a partir do ano que vêm, que seria bem maior e competitiva, com a entrada da Toyota. Ter cinco marcas a lutar pela vitória teria sido fantástico para o WRC, ainda por cima com as noticias de que a Citroen teriam por fim, uma máquina para bater os Volkswagen em terra e no asfalto.
Contudo, os pilotos, engenheiros e mecânicos não tem culpa das asneiradas que os executivos de topo fizeram ao lidar com o escândalo das emissões adulteradas de partículas nos seus motores a Diesel. De como o esquema fraudulento, que já se sabia desde há algum tempo, foi mantido em segredo para evitar as multas, a censura social e o adiar para a inevitável transição para os carros elétricos - porque já não falamos dos híbridos, não é? Agora que se sabe da multa com mais de 15 mil milhões de dólares que vão pagar aos americanos, fala-se que abandonar de imediato todos os programas desportivos para se concentrar no desenvolvimento dos carros elétricos - e recolhendo todos os carros a Diesel com as emissões adulteradas - era algo do qual seria inevitável. E só não contaram antes e mantiveram tudo a andar porque... era segredo. Pelo menos foi o rumor que ouvi esta tarde.
Agora fala-se também que tiveram de fazer isto como alternativa a um pedido de "proteção de credores" - outra maneira de dizer falência - que pode até estar iminente. Não sei, não tenho respostas a isto tudo, mas o que digo, como "petrolhead" que gosta de ralis, é que ter todo um projeto destes para depois acabar num museu, por estrear, é um desperdício de dinheiro. E mais um motivo pelo qual não gostar do envolvimento de marcas de automóveis no automobilismo. Porque não querem competição, apenas vencer no domingo para vender na segunda-feira. Respeito bastante mais os garagistas que fazem da competição a sua vida.
Não sei como é que isto vai passar para a história, mas sei que até ao fim dos meus dias, irei ouvir muita gente a pensar e suspirar "o que teria sido o mundial de ralis de 2017 se a Volkswagen não se tivesse retirado". A minha resposta, provavelmente irá ser algo do género: "sei lá, pergunta ao pessoal de Wolfsburgo. Eles é que acabaram o programa, não fui eu."
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