A Formula 1, quando chega ao Brasil, é o sitio onde as pessoas andam bem mais descontraídas em relação ao resto da temporada, apesar de ainda estar a acontecer uma disputa pelo título entre os pilotos da Mercedes. Na pista de Interlagos, e sempre perante uma multidão entusiasta, parece que toda a gente perde a concentração, de tão animadas ficam as bancadas. Uma tradição que já tem mais de 40 anos, diga-se de passagem...
O campeonato não estava decidido, apesar de Nico Rosberg ter já uma mão na taça. Lewis Hamilton fazia o possível para contrariar e brigar pelo quarto título mundial, mas parecia que este ano, as coisas estavam balançadas para o alemão, pois cometeu menos erros e tinha menos desistências do que o seu companheiro de equipa, mas no nebuloso circuito brasileiro - havia ameaça de chuva durante a qualificação - as coisas prometiam dar luta, com a Red Bull e a Ferrari a espreitar por uma oportunidade.
Com essa ameaça de chuva, os Mercedes foram os primeiros a sair para a pista, dispostos a marcar tempo de imediato. Conseguiram os dois primeiros tempos, com Max Verstappen a ser o terceiro, a 446 centésimos do melhor. Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel andavam a seguir, mostrando que os pilotos estavam dispostos a acelerar o mais depressa possível, com pneus moles.
Com os pilotos da frente praticamente garantidos na Q2, tinha de se ver quem ficaria na cauda do pelotão. Jenson Button tentou a sua sorte, mas acabou por não conseguir, e iria acompanhar os Manor de Pascal Wehrlein e Esteban Ocon, os Sauber de Marcus Ericsson e Felipe Nasr, e o Renault de Kevin Magnussen.
A Q2 começou da mesma forma, com os Mercedes a entrarem na pista para marcar o tempo que os colocaria logo na Q3. Hamilton fez 1.11,238, contra os 1,11,373 de Nico Rosberg. Verstappen faz 1.11,874, aproveitando os excessos de Seabatian Vettel na sua volta rápida. Os Williams e o McLaren de Fernando Alonso vinham a seguir, e queriam também marcar presença na Q3.
Na parte final, a Force India conseguiu meter os seus carros no "top ten", conseguindo desalojar Felipe Massa, mas a parte final dessa qualificação, iria haver luta. Os sete primeiros ficavam nas boxes, com Alonso, Massa Hulkenberg e Perez na pista para tentar manter as suas chances para a parte final. E desses, um ficaria de fora. Outros também entraram na pista, como os Haas e o segundo Williams de Valterri Bottas.
No final, com o céu cada vez mais escuro, os Williams ficaram de fora, com Bottas na frente de Massa, separados pelo Haas de Esteban Gutierrez, enquanto que os Force India entraram na Q3, e o Haas de Romain Grosjean também, de forma algo surpreendente. Quem também entrou na Q3 foi Fernando Alonso.
Para a última fase, os Flechas de Prata saíram em primeiro lugar, com Rosberg a ser o primeiro, seguido por Hamilton. O inglês faz 1.10,860, contra os 1.11.022 para o alemão. Raikkonen é o terceiro, mas foi depois passado por Vettel e Verstappen, que consegue ser mais veloz do que os Ferrari. Alonso e Hulkenberg eram sétimo e oitavo.
Após a passagem pelas boxes, para calçar o último jogo de pneus da qualificação, os Mercedes entraram na pista pela última vez. Hamilton faz 1.10,736, a mais de 138 centésimos de Nico Rosberg, dando assim a Hamilton a 60ª pole para o piloto inglês. Kimi Raikkonen conseguiu bater os Red Bull e Sebastian Vettel para ficar com o terceiro tempo, e Romain Grosjean fez a sua melhor qualificação de sempre para a Has, sendo sétimo na grelha, na frente do McLaren de Fernando Alonso, e dos Force India de Nico Hulkenberg e Sergio Perez.
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