Em 2017, os carros de Formula 1 serão radicalmente diferentes dos que são este ano. Mais agressivos de forma aerodinâmica, com asas frontais e traseiras maiores do que atualmente, e com pneus mais grossos do que em 2016.
Iremos ver um carro radical, agressivo, e a diferença em termos de medidas do chassis reflete isso mesmo. em termos de largura, vão passar dos 1650 milimetros para os 1800 na parte da frente, enquanto que atrás, passarão dos 1800 para os 2000 milimetros. Em termos de piso, estes vão passar dos 1400 para os 1600 milimetros, enquanto que a nova asa traseira terá 800 milimetros de altura e 950 de comprimento, quase como eram as asas traseiras em 2008. Os difusores serão aumentados dos 125 para os 175 milimetros.
Em termos de "borracha", as diferenças são grandes: sessenta milímetros nas rodas dianteiras, a passarem dos 245 para 305 milímetros. E na traseira, as mudanças serão ainda maiores, já que esses pneus vão passar de 325 para os 405 milímetros, uma diferença de 80 milímetros. Na apresentação dos novos pneus, em Abu Dhabi, no final da semana passada, a Pirelli garante que com estes pneus, os carros serão três segundos mais velozes do que atualmente.
“Gostaria de agradecer a todas as equipas que nos permitiram desenvolver os nossos novos pneus para 2017. Conseguimos grandes avanços desde que iniciámos os testes com os novos pneus, no início de agosto, e estamos satisfeitos com os resultados obtidos pela maioria dos compostos. Mas também sabemos que o trabalho está apenas a começar. Para além disso, o progresso aerodinâmico vai também contribuir para que os carros sejam mais rápidos por volta, penso que cinco segundos na comparação com 2015 e cerca de três segundos comparado a este ano”, disse Paul Hembery, diretor da Pirelli, na apresentação dos novos pneus.
Apesar de haver aquele ceticismo em relação aos chassis, é um facto de que este conjunto será bem mais veloz do que anteriormente. Parece que esta FIA deseja ver carros mais velozes do que anteriormente, e não é só na Formula 1, pois os carros do WRC também vão nesse sentido: agressivos e velozes.
Ao longo deste ano, apareceram algumas vozes que mostraram preocupação sobre a capacidade dos carros poderem seguir uns aos outros, como tem acontecido até agora. Os projetistas afirmam que isso poderá ser respondido com o desenho das asas dianteiras e traseiras que eles poderão fazer nos seus carros, e que atenue esse problema. Mas os carros serão 50 quilos mais pesados em 2017, por causa dos componentes dos KERS que transportam, e isso poderá afetar o comportamento do carro em pista.
Mas apesar de tudo, o que estes novos chassis irão mostrar? Pat Symmonds, da Williams, não acredita que os carros serão mais velozes em cerca de cinco segundos, apesar das garantias dadas pela Pirelli em relação aos pneus. Ele afirma que estes carros terão um comportamento semelhante aos de 2004-05.
"Para dar um exemplo, uma curva feita agora a 200 km/hora vai subir 30-35km/h. Irá adicionar um G. Vai ser um pouco mais físico, mas não será nada de especial, eu acho", começou por dizer.
"O desempenho vai ficar parecido com os carros de meados de 2000, mas não exactamente por ali. Você se lembra do objetivo dos cinco segundos por volta? Não tenho certeza que vamos conseguir isso. Temos grande desconhecido com os pneus, é claro, nós realmente não sabemos onde estamos, mas fazendo alguns pressupostos razoáveis com os pneus, eu acho que vamos andar pela casa dos quatro segundos." continuou.
"Em lugares como Barcelona, onde este tipo de carro será bastante performante, será mais do que isso, mas noutros lugares, como Monza, por exemplo, onde você estará tendo um monte de downforce porque você vai ter de arrastar pneus mais largos - e eu não acho que vamos ver muita diferença nos tempos por volta em uma pista como essa", concluiu.
Apesar de haver algumas ideias em termos de velocidade, também não se prevê que haja diferenças em termos de hierarquia atual ma Formula 1. Mercedes e Red Bull poderão estar na luta pelas vitórias, com Ferrari a espreitar, e o resto do pelotão a ver se consegue fazer um bom chassis, ou um chassis suficientemente bom para causar boa impressão, como aconteceu com a Williams em 2014, por exemplo. E isso vai ser um pouco mais complicado devido aos limites em termos de uso dos túneis de vento, para desenhar os chassis de 2017.
Contudo, o melhor teste irá acontecer na pista, em março do ano que vem, quando máquinas e pilotos se voltarem a enfrentar-se para mais uma temporada. Muitas das vezes, as alterações das hierarquias acontecem quando existem alterações nos regulamentos. Foi assim que a Brawn GP tomou conta do pelotão da Formula 1 em 2009 (embora se fale de alguns pulos no regulamento com o consentimento da FIA) ou quando a Red Bull se tornou na força dominante em 2010, onde assim ficou até 2013, ou então quando as alterações nos motores - que passaram para os atuais V6 Turbo de 1.6 litros - fizeram com que a Mercedes dominasse o pelotão até aos dias de hoje. A manutenção (ou alteração) da hierarquia na Formula 1 dependera sempre de como os projetistas e engenheiros peguem nos regulamentos e os aproveitem da melhor maneira possível.
“Gostaria de agradecer a todas as equipas que nos permitiram desenvolver os nossos novos pneus para 2017. Conseguimos grandes avanços desde que iniciámos os testes com os novos pneus, no início de agosto, e estamos satisfeitos com os resultados obtidos pela maioria dos compostos. Mas também sabemos que o trabalho está apenas a começar. Para além disso, o progresso aerodinâmico vai também contribuir para que os carros sejam mais rápidos por volta, penso que cinco segundos na comparação com 2015 e cerca de três segundos comparado a este ano”, disse Paul Hembery, diretor da Pirelli, na apresentação dos novos pneus.
Apesar de haver aquele ceticismo em relação aos chassis, é um facto de que este conjunto será bem mais veloz do que anteriormente. Parece que esta FIA deseja ver carros mais velozes do que anteriormente, e não é só na Formula 1, pois os carros do WRC também vão nesse sentido: agressivos e velozes.
Ao longo deste ano, apareceram algumas vozes que mostraram preocupação sobre a capacidade dos carros poderem seguir uns aos outros, como tem acontecido até agora. Os projetistas afirmam que isso poderá ser respondido com o desenho das asas dianteiras e traseiras que eles poderão fazer nos seus carros, e que atenue esse problema. Mas os carros serão 50 quilos mais pesados em 2017, por causa dos componentes dos KERS que transportam, e isso poderá afetar o comportamento do carro em pista.
Mas apesar de tudo, o que estes novos chassis irão mostrar? Pat Symmonds, da Williams, não acredita que os carros serão mais velozes em cerca de cinco segundos, apesar das garantias dadas pela Pirelli em relação aos pneus. Ele afirma que estes carros terão um comportamento semelhante aos de 2004-05.
"Para dar um exemplo, uma curva feita agora a 200 km/hora vai subir 30-35km/h. Irá adicionar um G. Vai ser um pouco mais físico, mas não será nada de especial, eu acho", começou por dizer.
"O desempenho vai ficar parecido com os carros de meados de 2000, mas não exactamente por ali. Você se lembra do objetivo dos cinco segundos por volta? Não tenho certeza que vamos conseguir isso. Temos grande desconhecido com os pneus, é claro, nós realmente não sabemos onde estamos, mas fazendo alguns pressupostos razoáveis com os pneus, eu acho que vamos andar pela casa dos quatro segundos." continuou.
"Em lugares como Barcelona, onde este tipo de carro será bastante performante, será mais do que isso, mas noutros lugares, como Monza, por exemplo, onde você estará tendo um monte de downforce porque você vai ter de arrastar pneus mais largos - e eu não acho que vamos ver muita diferença nos tempos por volta em uma pista como essa", concluiu.
Apesar de haver algumas ideias em termos de velocidade, também não se prevê que haja diferenças em termos de hierarquia atual ma Formula 1. Mercedes e Red Bull poderão estar na luta pelas vitórias, com Ferrari a espreitar, e o resto do pelotão a ver se consegue fazer um bom chassis, ou um chassis suficientemente bom para causar boa impressão, como aconteceu com a Williams em 2014, por exemplo. E isso vai ser um pouco mais complicado devido aos limites em termos de uso dos túneis de vento, para desenhar os chassis de 2017.
Contudo, o melhor teste irá acontecer na pista, em março do ano que vem, quando máquinas e pilotos se voltarem a enfrentar-se para mais uma temporada. Muitas das vezes, as alterações das hierarquias acontecem quando existem alterações nos regulamentos. Foi assim que a Brawn GP tomou conta do pelotão da Formula 1 em 2009 (embora se fale de alguns pulos no regulamento com o consentimento da FIA) ou quando a Red Bull se tornou na força dominante em 2010, onde assim ficou até 2013, ou então quando as alterações nos motores - que passaram para os atuais V6 Turbo de 1.6 litros - fizeram com que a Mercedes dominasse o pelotão até aos dias de hoje. A manutenção (ou alteração) da hierarquia na Formula 1 dependera sempre de como os projetistas e engenheiros peguem nos regulamentos e os aproveitem da melhor maneira possível.
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