No inicio dos anos 90, a Formula 1 estava com os motores de 3.5 litros, não importava se eram V8, V10 ou V12. Essa variedade de motores acontecia desde os Ford V8, passando pelos Renault, que prosperaram com os V10, e claro, motores como os Ferrari, Lamborghini ou Honda, que passaram dos V10 para os V12 em 1991, antes de se retirarem no final de 1992.
Mas houve tentativas de outros fabricantes para fazer um V12 de 3.5 litros. Há uns tempos falei a Isuzu, que o fez por mero exercício de engenharia, mas que chegou a entrar num Lotus, no verão de 1991. Outra companhia, a HKS, também fez um V12, e o colocou num Lola T91 em 1992, e foi testado no circuito de Fuji. O modelo 300E tinha uma abertura de 75 graus, e produzia cerca de 650 cavalos ás 13.000 rotações por minuto. Contudo, nunca passou da fase de testes e acabou no museu da companhia.
A HKS é uma firma japonesa, fundada em 1973 e é o resultado das iniciais dos seus fundadores, Hiroyuki Hasegawa e Goichi Kitagawa, bem como a Sigma Automotive, que lhes deu o capital necessário para se assentarem. Antigo engenheiro da Yamaha, Hasegawa começou por fazer a afinação de motores para máquinas agrícolas, para depois começar a construir turbocompressores para a industria automóvel, especialmente carros preparados. E depois, passou para o automobilismo, especialmente nas séries japonesas, como o JPGT, Formula 3, Superbikes e a D1 Grand Prix, a série que toma conta dos "drifts" (ou dorifuto, em japonês)
Esta curiosidade acontece no dia em que se soube da morte de Hasegawa, aos 71 anos de idade, de causas naturais. Hoje em dia, com a marca a ser conhecida um pouco por todo o mundo, na Europa e nos Estados Unidos, seria bom homenagear um dos seus fundadores, mostrando esta curiosidade.
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