Este "abandonar no auge" é muito mais trágico do que o anterior. Contudo, há um bom motivo para estar nesta lista: era sabido que caso ele conseguisse sobreviver para receber o título, iria pendurar o capacete de vez. Hoje, falo de Jochen Rindt, o primeiro austríaco campeão... e o único a título póstumo.
Nascido Karl Jochen Rindt a 18 de abril de 1942, ficou orfão com um ano de idade devido ao bombardeamento aliado a Hamburgo, que matou os seus pais. Criado pelos avós em Graz, começou a correr quando tinha 18 anos, tendo chegado à Formula 1 em 1964, no GP da Austria, a bordo de um Cooper. No ano seguinte, continuou na Cooper, conseguindo os seus primeiros pontos, enquanto que vencia as 24 horas de Le Mans num Ferrari 250 LM ao lado do americano Masten Gregory. Em 1966, apesar de não ter ganho qualquer corrida, conseguiu três pódios e alcançou o terceiro lugar do campeonato, com 22 pontos.
Em 1968, foi para a Brabham, conde conseguiu os seus primeiras pole-positions em França e no Canadá, e no final desse ano, foi para a Lotus, contratado por Colin Chapman. Veloz, contudo, tinha receio de guiar os carros dele, pois eram propensos a acidentes, como aconteceu em Montjuich, onde partiu o nariz, depois de um acidente devido à quebra da sua asa traseira. No final do ano, venceu em Watkins Glen e acabou o ano no quarto posto, com 22 pontos.
Em 1970, a Lotus apresentou o seu modelo 72, e como todos os carros desenhados por Chapman, era revolucionário. A sua frente em cunha e os radiadores na parte lateral do carro eram algo que não se tinha visto antes. O carro, nas mãos de Rindt, tornou-se num vencedor nato, dando a ele quatro vitórias seguidas e a liderança destacada no campeonato. Mas o austríaco passava por mais uma tragédia pessoal, quando viu Piers Courage morrer em chamas durante o GP da Holanda, em Zandvoort.
Abalado, decidira que iria abandonar a Formula 1 no final desse ano, com o título na mão, uma decisão que só a sua mulher sabia. Mas também havia outras razões para abandonar a Formula 1, uma delas era a sua relação tensa com Chapman, que achava que fazia carros demasiado perigosos para ele.
Contudo, a decisão que iria terminar no seu acidente fatal foi dele. Em Monza, decidiu tirar as asas do seu carro, porque acreditava que teria mais potencia nas retas. Apesar de andar mais veloz, iria pressionar ainda mais o sistema de travagem do seu Lotus, que era frágil. E no sábado, 5 de setembro de 1970, Rindt perdeu o controlo do seu carro no final da Reta Oposta, em Monza, e bateu em cheio no guard rail. Acabou por morrer a caminho do hospital, aos 28 anos de idade.
A revelação de que ele iria embora foi dada pela sua mulher, Nina, afirmando que pretendia ir embora, provavelmente para montar uma equipa de Formula 2. Como o seu empresário era Bernie Ecclestone, não ficaria admirado se ele acabasse por voltar à Formula 1 como dirigente de uma equipa como a Brabham...
A revelação de que ele iria embora foi dada pela sua mulher, Nina, afirmando que pretendia ir embora, provavelmente para montar uma equipa de Formula 2. Como o seu empresário era Bernie Ecclestone, não ficaria admirado se ele acabasse por voltar à Formula 1 como dirigente de uma equipa como a Brabham...
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