Tal como aconteceu no inicio de 2015, a Manor, assim que anunciou que iria encerrar as suas atividades, colocou uma foto do que iria ser o seu carro de 2017.
Numa escala que provavelmente será de 1/2, mostrariam um bólido com bico baixo, a frente em forma de seta, com todos os apêndices aerodinâmicos que possamos imaginar, e atrás, a nova asa traseira, com alguns detalhes possíveis sobre o carro, pois os engenheiros que posam perante ele não o deixam ver mais do que isso.
Como já disse atrás, é o fim de uma história que nasceu muito torta. Uma ideia de Max Mosley que, em nome da contenção de custos, queria salvar a Formula 1. Mas ser construtor é comer e ser comido, numa espécie de "Darwinismo Social" do qual os outros, ao ver a equipa mais fraca acabar, derramam lágrimas de crocodilo e seguem a sua vida, sem menos um oponente para dividir o dinheiro.
A parte chata é que isto acontece numa altura em que a Formula 1 muda de dono. Bernie Ecclestone salta fora da carruagem, substituído por um triunvirato de dirigentes, que prometem fazer da Formula 1 uma competição mais justa em termos de distribuição de dinheiro, para que todos possam sobreviver e lucrar com isto. Se tivessem chegado mais cedo, talvez os cem milhões de dólares que desejam tirar à Ferrari, poderiam ter sido injetados na Manor - parcialmente ou totalmente - e não estariamos hoje a lamentar o final de mais uma pequena equipa.
Apesar de tudo, a Manor continua, especialmente na Endurance. O capital de simpatia acumulado (e se calhar outras coisas...) poderá ser usado nessa parte, quem sabe poder contribuir para o seu crescimento. E claro, outras equipas surgirão no futuro, pode ser que com os novos donos, as coisas sejam um pouco diferentes. Mas isso é mais desejo do que outra coisa.
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