A segunda etapa do Dakar, que ligou as localidades argentinas de Resistência a Tucuman, no total de 803 quilómetros, 275 dos quais em troços cronometrados, levava os concorrentes às terras do Chaco, em especiais que estavam lamacentos devido às chuvas que tinham caído nos últimos dias naquela região, e que iriam dificultar as coisas para os carros e as motos.
Antes da etapa, Nasser Al Attiyah - o vencedor da etapa anterior - disse que afinal, os seus problemas no termino da etapa anterior aconteceram por causa de... um rompimento do tubo de óleo. “Rompeu-se um pequeno tubo, e o óleo espalhou-se para cima do escape. Não causou muitos danos, mas a parte elétrica foi complicada, e tive mesmo muito medo que houvesse um grande problema se ligássemos o motor novamente” disse Attiyah, que ia abordar a etapa com o carro como novo.
Assim sendo, o melhor foi Sebastien Loeb, que aproveitando o facto de parte do percurso ser também usado em especiais do Rali da Argentina, aproveitou essa ocasião para ficar na frente nesta etapa, e também na frente do Dakar. Ganhou um minuto e 23 segundos sobre Nasser Al Attiyah, e dois minutos e 18 segundos sobre Carlos Sainz, também em Peugeot. Giniel de Villiers foi o quarto, com mais um segundo do que o espanhol, enquanto que Nani Roma foi o quinto, a cinco minutos e 22 segundos. Mikko Hirvonen foi apenas oitavo com o seu Mini, a oito minutos e 24 segundos.
Na geral, Loeb tem 28 segundos de vantagem sobre Attiyah, enquanto que Sainz está a um minuto e 56 segundos do comando do rali.
Nas motos, Toby Price foi o melhor nesta etapa, com uma diferença de três minutos e 22 segundos sobre o austríaco Matthias Walkner, ambos em KTM.
Price contou depois que esta foi uma etapa bem dura: “Foi uma etapa muito rápida sem problemas de navegação, mas as condições eram difíceis com uma muito calor e pó o que torna as coisas mais exigentes para os pilotos e para as motos. Para além disso era importante estar atento às vacas que cruzam a estrada para não termos nenhum acidente. Eu estou habituado a ver cangurus”, contou o australiano.
Paulo Gonçalves foi o terceiro na etapa, a três minutos e 51 segundos, na frente de Xavier de Soultrait. O espanhol Barreda Bort foi décimo na etapa. Hélder Rodrigues perdeu mais de 18 minutos nesta etapa e agora está na 32ª posição da geral, a mais de vinte minutos do topo da classificação.
“Senti-me bastante bem apesar de ser uma especial com muitos perigos. Foi das especiais mais perigosas em que já estive pelo menos no que diz respeito aos primeiros 60 quilómetros. Tentei ser cauteloso, não cometer erros e ao mesmo tempo ser rápido para não perder tempo. Nesta fase da corrida não é importante vencer etapas, mas sim ser regular. Acho que fiz uma boa especial para o dia de amanhã. Toda a equipa está de parabéns até ao momento, pois a moto funcionou na perfeição. A prova ainda está no início, mas estamos a começar bem e sem problema”, explicou o piloto português da Honda.
Amanhã decorrerá a terceira etapa, que ligará Tucuman a San Salvador de Jujuy, num total de 780 quilómetros, 364 dos quais em troço cronometrado.
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