A terceira etapa, que ligou hoje as cidades de Tucuman a San Salvador de Jujuy, num total de 780 quilómetros, 364 dos quais em troço cronometrado, acontece numa altura em que motos, carros, camiões e quads começam a subir em altitude, rumo ao planalto do Atacama. As coisas foram de tal forma duras, até em termos de temperatura, que tiveram de suportar até 5ºC a quase cinco mil metros de altitude, o que levou a que existisse a certa altura a neutralização de parte da etapa.
Nos automóveis, o grande vencedor do dia foram os Peugeot, que provavelmente viram hoje o final do rali de um dos seus maiores rivais, o Toyota de Nasser Al Attiyah. O piloto qatari ficou sem uma roda no seu carro no final de uma etapa dura, depois de um duelo com o Peugeot de Stephane Peterhansel pela vitória na etapa. Perdeu mais de duas horas e poderá ter dito adeus ao rali. Por causa disso, houve uma tripla da marca do leão, com o francês a chegar três minutos na frente de Carlos Sainz, enquanto que Sebastien Loeb foi o terceiro, na frente do Mini de Mikko Hirvonen.
Para piorar as coisas, quem também teve um péssimo dia foi Giniel de Villers, pois o piloto sul-africano perdeu mais de 36 minutos devido a problemas mecânicos. Assim sendo, para a Toyota, este foi um péssimo dia.
Na frente. Loeb continua a liderar, mas agora tem 42 segundos de vantagem sobre Carlos Sainz, enquanto que Stephane Peterhansel está a quatro minutos e 18 segundos. Mikko Hirvonen subiu ao quarto posto e está a nove minutos e 18 segundos do comando, e é o melhor dos Mini.
Nas motos, o grande vencedor foi o catalão Joan Barreda Bort, que aproveitou bem para fazer um dos seus melhores desempenhos no Dakar. o piloto da Honda levou a melhor sobre Sam Sunderland, que ficou a 13 minutos e 29 segundos, e sobre o Husqvarna de Pierre-Alexandre Renet, que ficou a 16 minutos e 31 segundos.
No final da etapa, Barreda Bort referiu que esta era uma “etapa que tinha anotada com especial atenção nos meus planos. Ontem perdi algum tempo, o que foi uma pena, mas hoje tudo correu bem. Controlei os acontecimentos durante o dia e tirei proveito das situações para atacar. A corrida ainda é muito longa pelo que as diferenças que foram estabelecidas ainda não representam muito. Esta estratégia que adotei de controlo e ataque penso que é a ideal”.
Já Paulo Gonçalves ficou na quinta posição, a 17 minutos e 20 segundos, enquanto que Joaquim Rodrigues Jr foi o segundo melhor português, sendo o 18º na etapa, na frente de Hélder Rodrigues, que é meramente o 24º e já perdeu uma hora para os da frente.
Na geral, Barreda Bort tem agora uma vantagem de onze minutos e 20 segundos sobre Sam Sunderland, enquanto que Paulo Gonçalves manteve o terceiro posto, a 14 minutos e 42 segundos.
Amanhã, o Rali Dakar continua a subir até aos Andes e o Atacama, num troço entre Jujuy e Tupiza, já em terras bolivianas, num troço que terá 521 quilómetros, 416 dos quais em troço cronometrado.
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