E por fim, acabou o Dakar. Uma etapa pequena, entre Rio Cuarto e Buenos Aires, no total de 786 quilómetros, 64 dos quais em troços cronometrados. Nesta etapa final, Sebastien Loeb foi o melhor, seguido por Stephane Peterhansel, mas no final deste rali, ambos ficaram separados por meros cinco minutos e 31 segundos. Cyril Després foi o terceiro na etapa - e na geral - e no final ficou a 33 minutos e 28 segundos do primeiro posto. O melhor não Peugeot acabou por ser Nani Roma, que colocou a sua Toyota Hilux no quarto lugar, mas já a uma hora, 16 minutos e 43 segundos de Stéphane Peterhansel.
Aos 51 anos de idade, Peterhansel explicou o segredo do sucesso neste Dakar: “Esta foi uma competição onde existiam sete ou oito pilotos com capacidade para ganhar. No final da primeira semana apenas quatro pilotos podiam alcançar esse objetivo e no final tudo foi resolvido entre mim e o Sébastien. Foi um duelo intenso, que foi travado ao volante de um carro excepcional”, explicou após o final do último troço cronometrado da prova.
“O Sébastien é um piloto muito rápido que sabe como gerir uma corrida por isso a minha táctica passou por obrigar Loeb a ir aos limites. A partir desse momento ficou exposto aos erros e foi isso que ontem aconteceu ao ter um furo. Por isso esta vitória não foi uma questão de sorte”.
Já Loeb, que venceu seis das etapas deste Dakar, conseguiu o seu melhor resultado de sempre neste "rally-raid", ele afirma que espera vencer esta competição num futuro próximo:
“Esta participação correu melhor do que a primeira, pois não tivemos nenhum incidente. Cometemos alguns erros de navegação, mas tudo correu bem. Não ficámos muito longe da vitória. Fomos rápidos e conseguimos ganhar muito tempo”, começou por afirmar o piloto da Peugeot.
“[O] objetivo é vencer no futuro o Dakar. Tenho tudo o que é preciso para conquistar esta corrida pelo que só me resta continuar a tentar. No entanto penso que não irei participar em tantas edições do Dakar como o Stéphane Peterhansel”, concluiu.
No lado das motos, o grande vencedor foi o britânico Sam Sunderland, o primeiro dos três KTM, que dominaram este Dakar. Sunderland deu 32 minutos ao austríaco Matthias Walkner, e 35 minutos e 40 segundos ao espanhol Farres Guell. Paulo Gonçalves foi o sexto, o segundo melhor dos Honda, enquanto que Hélder Rodrigues foi o nono da geral, a mais de duas horas do vencedor. Joaquim Rodrigues Junior foi logo atrás na décima posição, fazendo com que Portugal seja o único país a colocar três motards no "top ten".
“É de bastante bom depois do que aconteceu no ano passado, em que me lesionei com gravidade. Levei toda a temporada a trabalhar para regressar à moto e acreditar nas minhas possibilidades de alcançar um pódio e consegui”, disse Walkner.
“Demos o máximo. Fizemos um bom trabalho durante o ano inteiro e podemos revelar que o fizemos bem. Fizemos algumas alterações para programar da melhor forma este Dakar e chegar a esta altura mais fortes do que nunca e conseguimos. Eu tive uma moto excelente, alias todas as motos da Honda estiveram perfeitas, toda a equipa esteve muito forte”, disse Barreda Bort, o quinto da geral.
“Claro que doí não subir ao pódio, mas o desporto e as corridas são assim. Vencer o Dakar não é fácil, temos de estar muito bem, mais fortes do que nunca. Temos que continuar a trabalhar. Sou determinado e não vou desistir até que consiga vencer o Dakar”, concluiu.
Já Paulo Gonçalves afirmou que conseguiu mostrar andamento para a vitória neste Dakar, se não fosse a penalização de uma hora dos Honda, no final da semana passada: “Estamos muito satisfeitos com os resultados que alcançamos ao longo do ano e com o trabalho realizado. A única coisa que não está certa é o resultado final deste Dakar que não é o que merecíamos. Teremos de olhar para o que aconteceu, mas já sabemos como ganhá-lo agora”, começou por dizer.
“Teríamos terminado em primeiro e segundo lugar e agora vamos ter que esperar mais um ano. Quero agradecer ainda a toda equipa pois não fosse aquela situação a Honda tinha alcançado os dois primeiros lugares do pódio”, concluiu.
Acabou o Dakar 2017, ano que vem haverá mais.
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