Dentro de quatro semanas, a McLaren apresentará o seu MP4-32, o primeiro desde 1981 que não terá Ron Dennis ao seu leme. E há enormes expectativas sobre esse carro, não tento por causa das suas performances, mas... pela sua cor.
É verdade: os novos donos poderão fazer regressar à Formula 1 uma cor que não se vê desde 1974, o "Papaya Orange". E essa cor mítica, digamos assim, está associada a um tempo onde os carros de Bruce McLaren dominaram o automobilismo... mas não na Formula 1. Na realidade, foi na muito americana Can-Am, onde através de pilotos como o próprio Bruce, Dan Gurney, Peter Revson e Denny Hulme, venceram campeonatos entre 1967 e 1972, com anos em que o dominio foi completo, como em 1969, que ficou para a história como o "The Bruce and Denny Show".
Há expectativas, e são legitimas. A equipa anda a meter no seu Twitter oficial fotos e desenhos - como este que vocês vêm aqui - e há muitas coisas do qual aparece o laranja. Vi uma foto de Stoffel Vandoorne à frente de um nariz do MP4-31 onde o cinzento estava lá, mas com hexágonos laranjas. Pode ser um exercício, mas para os fãs, eles indicam que essa cor mítica irá aparecer de novo.
Francamente - disse isto no videocast e digo aqui também - não criem muitas expectativas com a cor. Não digo que não apareça, e sei perfeitamente que se aparecer, todos dirão que não apareceu por culpa de Ron Dennis, que odiava a cor - como sabem, todos os carros de 1996 até agora eram predominantemente cinzentos. Mas mais do que isso, não vai ser a cor que lhes vai dar mais 50 km/hora nas retas e vai dar a Vandoorne e a Fernando Alonso uma chance de vitória. É o motor Honda e é o chassis no qual ele vai estar instalado. Enzo Ferrari disse sempre que "carro bonito é aquele que vence", e não interessa se o carro esteja pintado de rosa choque: se não passar para a Q3, é um fracasso. E já vi muito chassis bonito que só servia para o museu.
Em suma: tenham calma. O que interessa é que a McLaren volte a lutar pela vitória ao lado da Red Bull, Ferrari ou Mercedes. Não interessa a cor.
Paulo, há anos acompanho seu blog e vi que vc entrevistou em 2008 o Jorge Pezzolo. Não sei se vc ficou sabendo, mas ontem (29/01) o Jorge faleceu. Estamos consternados com a notícia, ele fará muita falta pelo seu carisma e conhecimento sobre f1.
ResponderEliminarAtt
Gustavo
gutoyudi@gmail.com
Sei disso. Escrevi sobre ele na minha página do Facebook no dia em que morreu. Já sabia desde quinta-feira passada que estava muito doente. É muito triste, de facto, saber que um de nós desaparece de forma inesperada, e tão novo assim.
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